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    Preocupada, Janaína Paschoal pediu 'educação' a seus convidados

    DE BRASÍLIA

    30/08/2016 02h00

    Pedro Ladeira/Folhapress
    A advogada de acusação, Janaína Paschoal, durante julgamento de Dilma Rousseff no Senado, em Brasília (DF), nesta sexta-feira
    A advogada de acusação, Janaína Paschoal, durante julgamento de Dilma Rousseff, na sexta-feira (26)

    Na sessão do Senado em que a presidente afastada Dilma Rousseff fez sua defesa e, provavelmente, seu último discurso na Presidência da República, a advogada de acusação Janaína Paschoal se preocupava com o acirramento de ânimo entre os convidados.

    Por isso, enviou mensagens a parte dos seus convidados para pedir "educação" e "respeito". Pediu para que se comportassem para não serem expulsos da galeria.

    Confira outras informações sobre os bastidores do impeachment:

    Reflexo

    Assim que a presidente afastada terminou seu discurso, senadores aliados de Temer saíram pelo plenário mostrando a colegas notícias sobre como o mercado financeiro reagiu à fala da petista. O dólar caiu e a bolsa subiu.

    Cara de paisagem

    Ex-petista, a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) entrou no Senado um minuto antes de Dilma. Com a chegada da ex-aliada, a candidata à Prefeitura de de São Paulo passou a apertar ininterruptamente o botão para chamar o elevador, conseguindo por segundos escapar do constrangimento.

    Nas ondas

    O PT organizou a transmissão da sessão em mais de 1.500 rádios comunitárias de todo o país, movimento que intitulou de "cadeia da legalidade". Lula e apoiadores de Dilma falaram durante o dia.

    Festa

    Dúvida até esta sexta, Telmário Mota (PDT-RR) foi bastante festejado pelos dilmistas após o discurso em que indicou voto contra o impeachment. Kátia Abreu (PMDB-TO) foi uma das mais efusivas nos cumprimentos.

    Lado mau da força

    Telmário quis saber se, em eventual volta ao Planalto, Dilma iria governar com a parte má do PMDB. "Deus me livre do que o sr. chamou de o PMDB do mal", respondeu a petista.

    Unidos...

    Eduardo Cunha não conseguiu assistir a todo o discurso e interrogatório da petista. Enquanto a presidente afastada se defendia do impeachment, ele terminava de revisar as cartas que enviará a deputados para tentar evitar a cassação de seu mandato na Câmara.

    ...pelo destino

    Ainda assim, viu o suficiente para saber que era um dos principais alvos da petista. "Ela está mentindo demais. Qual projeto de urgência que não foi votado? Tá agressiva. Em resumo: jogou a toalha", comentou com um interlocutor.

    Ameaça

    Os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Eunício Oliveira (PMDB-CE) relataram ter recebido e-mail idêntico nesta segunda-feira, intitulado "Aviso". Ambos eram chamados de "canalha asqueroso". Anexa à mensagem com a ameaça de morte, aparecia uma imagem de um cadáver coberto de sangue.

    Bandeira branca

    Aécio admitiu ter ficado surpreso pela forma educada com que Dilma se dirigiu a ele durante o interrogatório. "Achei que ela ia pra cima. Estava pronto para pedir direito de resposta, mas não precisou."

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