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    o impeachment

    Governo pressiona para evitar que fim de sessão seja dividido em duas partes

    GUSTAVO URIBE
    VALDO CRUZ
    DE BRASÍLIA

    30/08/2016 12h33

    Com o risco do processo de impeachment ser encerrado apenas na tarde de quarta-feira (31), o governo interino de Michel Temer mobilizou a base aliada para tentar antecipar a conclusão para o final da noite desta terça-feira (30).

    O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, afirmou que a votação deve ocorrer somente na quarta, uma vez que pretende separar a fase dos discursos da etapa do julgamento.

    Para acelerar a sessão parlamentar, o Palácio do Planalto tem entrado em contato com parlamentares da base aliada para que eles abram mão de discursos na fase final e tem pressionado o Senado Federal a evitar que a análise seja dividida em duas fases.

    Alan Marques/Folhapress
    O presidente interino Michel Temer passa em frente a slogan 'Ordem e Progresso', usado por seu governo
    O presidente interino Michel Temer

    O presidente interino também tirou a manhã desta terça-feira (30) para fazer telefonemas na tentativa de reforçar o pedido e barrar ofensiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que atua para reverter votos para a sua sucessora, Dilma Rousseff.

    A expectativa do peemedebista era viajar até o início da noite de quarta-feira (31) para a China, onde participaria de reunião do G-20, nos dias 4 e 5, e teria na tarde de sexta-feira (2) um encontro com o presidente chinês, Xi Jinping.

    Caso não consiga antecipar o calendário, o governo interino avalia a possibilidade de adiar para o sábado (3) o encontro com o presidente chinês, uma vez que ele pode ser inviabilizado devido à necessidade de realização de uma cerimônia de posse no Congresso Nacional antes da viagem.

    Com o risco de atraso, o presidente interino já descarta fazer uma parada na sexta-feira (2) em Xangai, onde participaria de encontro com empresários chineses e brasileiros.

    CONGRESSO

    Com receio de enfrentar dificuldades na aprovação de medidas econômicas no Congresso Nacional, Temer levará uma comitiva parlamentar para a viagem.

    No avião presidencial, além dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e José Serra (Relações Exteriores), acompanharão o peemedebista o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os deputados federais Beto Mansur (PRB-SP), Pauderney Avelino (DEM-AM), Fábio Ramalho (PMDB-MG) e Altineu Côrtes (PMDB-RJ).

    Na volta da viagem à China, o presidente interino deve enfrentar votações difíceis no Congresso Nacional, como a proposta que estabelece um teto de gastos públicos e a reforma previdenciária, que deve ser enviada em outubro.

    As duas enfrentam resistências entre parlamentares, sobretudo na Câmara dos Deputados por parte do chamado "centrão".

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