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"The Wall Street Journal" estampa processo de impeachment em sua capa |
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Poder
Friday, 03-May-2024 10:49:30 -03No exterior, imprensa ecoa 'momento-chave' de Dilma e do PT
NELSON DE SÁ
DE SÃO PAULO30/08/2016 19h43
O pronunciamento de Dilma Rousseff no Senado ecoou no exterior, com jornais como "Wall Street Journal", "Washington Post" e a edição espanhola do "El País" destacando a presidente em suas primeiras páginas, nesta terça (30).
Outros, como "New York Times" e "Guardian", publicaram não só reportagens sobre o que falou, mas editaram vídeos das cenas na TV Senado.
O enunciado de primeira página no "WSJ" foi "Líder suspensa do Brasil apresenta sua defesa". No "El País" , "Rousseff: Foi produzido um golpe de Estado no Brasil".
O "WP" enfatizou o "discurso apaixonado". O "NYT" publicou seu relato sob o título "Rousseff diz que não será silenciada". Primeira frase dela destacada no texto e descrita como "ataque fulminante" contra seus adversários: "Não esperem de mim o silêncio obsequioso dos covardes".
O francês "Le Monde" foi pela mesma linha, com o título "Diante de seus juízes, Dilma Rousseff recusa o 'silêncio obsequioso dos covardes'". O jornal, no fim da semana, publicou editorial , traduzido pelo UOL , afirmando: "Se este não é um golpe de Estado, é no mínimo uma farsa. E as verdadeiras vítimas dessa tragicomédia política infelizmente são os brasileiros".
Para o "Guardian" , "os historiadores devem olhar para a sessão [desta segunda 29] como um momento-chave na derrubada do Partido dos Trabalhadores, que está para ser retirado do poder apesar de não ter perdido uma eleição presidencial desde 2002".
Reprodução Jornal "El País" comenta processo de impeachment PÓS-DILMA
Na tarde desta terça, o site do "NYT" adiantou texto de opinião de jornalista brasileira, já tratando a presidente no passado e avaliando que "muda o governo, não a política" .
Também de olho no que vem depois do impeachment, a agência de notícias Associated Press despachou a reportagem "Três homens na fila pela Presidência brasileira são acusados de corrupção". Detalha os casos do vice Michel Temer, denunciado pelos ex-senadores Sergio Machado e Delcídio do Amaral, e dos presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Renan Calheiros.
Já a agência Bloomberg alertou que a "euforia com o impeachment está cegando" os investidores estrangeiros para o fato, apontado pela agência de classificação de risco Standard & Poor's, de que neste momento as finanças de "mais de 60% das empresas brasileiras" se deterioram rapidamente, já próximas do rebaixamento. Também o "WSJ" soou o alarme de que "investidores entusiásticos podem estar acreditando demais nos políticos brasileiros" que estão para aprovar o impeachment.
A mesma Bloomberg destaca nesta terça que o "clã Marinho" , com "três dos top 10 no Índice Bloomberg de Bilionários Brasileiros", vem "tentando deixar para trás um passado que insiste em aparecer pelas frestas do impeachment". É referência à "Idade das Trevas do regime militar" e às acusações de que a cobertura da Rede Globo "ajudou a inclinar a balança" contra Dilma.
Reprodução Imagem do site do "The New York Times" sobre impeachment de Dilma Rousseff Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br
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