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    o impeachment

    Haddad diz que 'interesse público' prevalecerá em relação com Temer

    CATIA SEABRA
    DE SÃO PAULO

    31/08/2016 12h02

    Fernando Cavalcanti/Flickr Haddad
    O atual prefeito de São Paulo e candidato à reeleição Fernando Haddad em caminhada na Parada de Taipas
    O atual prefeito de São Paulo e candidato à reeleição Fernando Haddad em caminhada na Parada de Taipas

    O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quarta-feira (31) que o interesse público tem que estar acima do partidário caso tenha que se relacionar, no cargo, com o presidente interino, Michel Temer (PMDB). Ao responder como será sua relação com Temer a partir da concretização de um impeachment, Haddad disse que o "interesse público tem que prevalecer acima de tudo".

    Ele deixou claro que não fará "oposição sistemática": "O partido é importante. Mas, antes do partido, tem o interesse da população", afirmou, em entrevista a Rádio CBN.

    Haddad lembrou suas quedas-de-braço com o governo Dilma, queixando-se ainda da falta de recursos federais para cidade, para afirmar que manteria a mesma conduta em relação a Temer.

    "O interesse público tem que prevalecer. Isso não significa que não se faça oposição ao congelamento de gastos sociais (anunciado pelo governo interino de Temer) por 20 anos. Isso não é fazer oposição sistemática", disse.

    O prefeito de São Paulo disse ainda que a aprovação do impeachment transforma "os chefes do Executivo reféns".

    Ele afirmou ainda que o impeachment seria um golpe institucional.

    PILANTRA

    O prefeito chamou de pilantra o ex-diretor do Theatro Municipal, José Luiz Herência. Em depoimento à Promotoria do Patrimônio Público, o delator afirmou ter avisado pessoalmente o prefeito sobre os "pagamentos irregulares" para o projeto Alma Brasileira, em novembro de 2015. Haddad passou a ser oficialmente investigado pelo Ministério Público, segundo antecipou a coluna Painel.

    No depoimento, Herência diz que confirma integralmente os termos de sua delação. Afirma que, apesar do pagamento de quase R$ 1 milhão, o projeto não ocorreu.

    Haddad negou a afirmação e disse nunca ter conversado em particular com Herência. O prefeito disse que "quem está na vida pública" tem que se submeter a investigações.

    "Mesmo que um pilantra como esse faça uma acusação falsa".

    O prefeito disse ainda que Herência foi afastado por incompetência. Só depois foram constatadas irregularidades na condução do Theatro Municipal.

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