• Poder

    Monday, 29-Apr-2024 05:51:56 -03

    o impeachment

    Lewandowski permite votação sobre direitos de Dilma em separado

    MARIANA HAUBERT
    DÉBORA ÁLVARES
    VALDO CRUZ
    DE BRASÍLIA

    31/08/2016 12h28

    Alan Marques/ Folhapress
    O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, preside sessão do Senado ao lado de Renan Calheiros
    O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, preside sessão do Senado ao lado de Renan Calheiros

    No comando da fase final do impeachment de Dilma Rousseff, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, decidiu acatar o pedido da defesa da petista de votar separadamente à perda de mandato a inabilitação.

    O recurso usado pela defesa de Dilma pretende minimizar os impactos do esperado resultado final do julgamento, que deve afastá-la em definitivo do cargo. Isso porque, se inabilitada, além de deixar a Presidência da República, a petista fica impedida de exercer qualquer função na administração pública.

    Apesar dos apelos da base de Temer, Lewandowski acatou o pedido, atendendo a um pedido do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que o procurou ontem com a solicitação. O ministro argumentou que precisava manter a coerência com a conduta que tem adotado até então e deferir o cumprimento do Regimento Interno do Senado.

    Acatada a proposta de votar em separado a inabilitação para cargos públicos para Dilma Rousseff, os aliados da presidente afastada acreditam que, pelo menos nesta questão, vão conseguir uma votação favorável à petista.

    "Na perda de mandato, a situação está muito difícil, mas na inabilitação, se for votada em separado, temos grandes chances de ganhar", afirmou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

    Segundo o petista, os aliados de Dilma conseguiram a promessa de alguns senadores, que vão aprovar o afastamento definitivo da presidente, de votar a favor dela na questão da inabilitação para cargos públicos.

    É o caso do senador Cristovam Buarque (PPS-DF), que já declarou seu voto a favor do afastamento definitivo de Dilma, mas defendeu a separação da inabilitação no momento da discussão do assunto no início da sessão. "Nesse caso, estou do lado dela [Dilma]".

    Reservadamente, petistas dizem que muitos senadores podem votar a favor de Dilma no tópico da inabilitação de cargos para "reduzirem o peso na consciência" de aprovarem a perda de mandato da petista.

    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024