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    o impeachment

    Aliados de Dilma acreditam que podem derrubar a inabilitação

    VALDO CRUZ
    MARIANA HAUBERT
    DÉBORA ÁLVARES
    MARINA DIAS
    DANIELA LIMA
    DE BRASÍLIA

    31/08/2016 12h41

    Alan Marques/Folhapress
    BRASÍLIA, DF, BRASIL, 31.08.2016. Ministro Ricardo Lewandowski preside a Sessão do Senado Federal para o julgamento do Impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff. (FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER
    Sessão do Senado para o julgamento do Impeachment de Dilma Rousseff

    No comando da fase final do impeachment de Dilma Rousseff, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, decidiu acatar o pedido da defesa da petista de votar a perda dos direitos políticos separadamente à de mandato.

    O recurso usado pela defesa de Dilma pretende minimizar os impactos do esperado resultado final do julgamento, que deve afastá-la em definitivo do cargo. Isso porque, se inabilitada, além de deixar a Presidência da República, a petista fica impedida de exercer qualquer função na administração pública.

    Apesar dos apelos da base de Temer, Lewandowski acatou o pedido, atendendo a um pedido do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que o procurou ontem com a solicitação. O ministro argumentou que precisava manter a coerência com a conduta que tem adotado até então e deferir o cumprimento do Regimento Interno do Senado.

    A questão causou dúvidas até mesmo em assessores da defesa de Dilma. Não ficou claro, incialmente, se o próprio presidente do STF já tinha decidido acatar o destaque, ou se ele tiinha deixado a cargo dos senadores a definição se haverá a votação separada.

    Acatada a proposta de votar em separado a inabilitação para cargos públicos para Dilma Rousseff, os aliados da presidente afastada acreditam que, pelo menos nesta questão, vão conseguir uma votação favorável à petista.

    "Na perda de mandato, a situação está muito difícil, mas na inabilitação, se for votada em separado, temos grandes chances de ganhar", afirmou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

    Segundo o petista, os aliados de Dilma conseguiram a promessa de alguns senadores, que vão aprovar o afastamento definitivo da presidente, de votar a favor dela na questão da inabilitação para cargos públicos.

    É o caso do senador Cristovam Buarque (PPS-DF), que já declarou seu voto a favor do afastamento definitivo de Dilma, mas defendeu a separação da inabilitação no momento da discussão do assunto no início da sessão. "Nesse caso, estou do lado dela [Dilma]".

    Reservadamente, petistas dizem que muitos senadores podem votar a favor de Dilma no tópico da inabilitação de cargos para "reduzirem o peso na consciência" de aprovarem a perda de mandato da petista.

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