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    o impeachment

    Protestos em SP têm confrontos e feridos; prédio da Folha foi atacado

    DE SÃO PAULO

    31/08/2016 23h09 - Atualizado às 00h58

    Fabio Braga/Folhapress
    Os manifestantes contrários ao governo do presidente Temer e ao impeachment atiram um cavalete na fachada da seda da Folha de S.Paulo, na região central de cidade
    Manifestantes contrários ao governo do presidente Temer atiram cavalete na fachada da Folha

    Manifestantes contrários ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) entraram em confronto com a Polícia Militar na noite desta quarta-feira (31) em ao menos quatro pontos do centro de São Paulo e em Brasília.

    Na capital paulista, a reportagem viu ao menos quatro pessoas feridas. Não houve balanço oficial —a Secretaria de Segurança do Estado de SP informou apenas que um policial também foi ferido.

    Em Brasília, um ato pró-Dilma acabou com três detidos, segundo a PM.

    No Rio, foi realizado um panelaço contra o novo presidente, Michel Temer, com cerca de 500 pessoas, mas não houve relatos de incidentes.

    Em São Paulo, o ato contra Temer teve início pacífico na avenida Paulista e seguiu em direção ao centro.

    O primeiro confronto com a polícia aconteceu na rua da Consolação, no centro, onde manifestantes foram dispersados por bombas de efeito moral. Segundo a Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo, a polícia reagiu depois que um "grupo começou a incendiar montes de lixo e agredir policiais com pedras".

    BRASÍLIA

    Na capital do país, onde o Senado decidiu pelo impeachment da ex-presidente, cerca de 1.000 pessoas foram à rodoviária do Plano Piloto para protestar contra a decisão.

    Houve um tumulto e a PM usou gás de pimenta para dispersar os manifestantes. Três foram detidos.

    Após as prisões, manifestantes gritaram palavras de ordem contra a PM, mas se acalmaram depois de serem orientados a ir para a delegacia aonde o preso foi levado.

    Em Porto Alegre, a sede do PMDB, partido de Temer, foi depredada por manifestantes. A sigla emitiu nota repudiando o ataque.

    Fora do país, houve protestos contra o impeachment nos consulados do Brasil em Buenos Aires e Nova York.

    COMEMORAÇÕES

    Nas capitais, também houve comemorações à decisão dos senadores. Durante a tarde, houve buzinaços no Morumbi e em Higienópolis, bairros nobres de São Paulo.

    Na Vila Madalena, zona oeste, fogos de artifício foram soltos e, no Mercado Municipal, no centro, a cassação foi comemorada.

    Na avenida Paulista, cerca de 50 manifestantes acenderam velas em um bolo com desenho da bandeira nacional.

    Em Porto Alegre, houve buzinaços e foguetórios em bairros nobres como Bela Vista e em Moinhos de Vento.

    Em Fortaleza, cidade que elegeu Dilma Rousseff com mais de 70% dos votos válidos em 2014, moradores de relataram ouvir fogos de artifício logo após o resultado na votação no Senado.

    Também foram ouvidos buzinaços e foguetórios no centro de Belo Horizonte e, de forma rápida, na região central do Recife.

    Em Curitiba, fogos e buzinas foram ouvidos em alguns bairros. Em frente à Justiça Federal, onde são julgadas ações da Operação Lava Jato, carros passavam buzinando.

    Também houve fogos na região do centro de Salvador.

    No interior de São Paulo, houve manifestações de aprovação ao impeachment. Em Ribeirão Preto, Franca, São José do Rio Preto e Campinas houve foguetório e buzinaço.

    ATAQUE À FOLHA

    Também houve enfrentamentos na praça Roosevelt, nas avenidas São João e Duque de Caxias e em frente à sede da Folha, na alameda Barão de Limeira.

    Este último embate começou por volta das 21h depois que adeptos da tática black bloc, que prega o uso da violência, arremessaram pedras e tentaram forçar a entrada no prédio do jornal.

    Os policiais reagiram com gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral, dispersando o protesto.

    Segundo militantes, a ida até a Redação seria uma forma de criticar a atuação da imprensa durante o processo de impeachment.

    Antes de arremessarem objetos, manifestantes picharam o portão do jornal com a palavra "golpista" e gritaram palavras de ordem como "Fora, Temer".

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