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    o impeachment

    Após votação, Temer embarca ao lado de Renan em avião rumo à China

    DE BRASÍLIA

    01/09/2016 02h00

    Mesmo com as diversas críticas de seus aliados ao comportamento de Renan Calheiros, que articulou para abrandar a pena de Dilma Rousseff, Michel Temer se sentou ao lado do presidente do Senado ao embarcarem no avião rumo à China, após a votação do impeachment.

    Pessoas próximas relatam que o clima entre os dois era "ameno e muito descontraído". "Não vão tocar nesse assunto jamais", sentenciou um palaciano que descreveu Temer como "extasiado" após a posse.

    Leia outros bastidores da votação do impeachment .

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    Seis por meia dúzia
    Muito irritado com o abrandamento da pena de Dilma, Magno Malta (PR-ES) descrevia a operação protagonizada por Renan e Lewandowski assim: "Isso é meia dúzia de esperto usando meia dúzia de gente idiota". Ele foi um dos principais apoiadores do impeachment.

    Agenda
    Em seu primeiro dia como presidente interino, Rodrigo Maia (DEM-RJ) decidiu assumir a função com pompa. Receberá a ministra Carmem Lúcia, futura presidente Supremo, e participará das posses de Laurita Vaz e Humberto Martins no Superior Tribunal de Justiça.

    Fonte
    A defesa de Dilma usou um dos principais livros de Temer, "Elementos de Direito Constitucional", para embasar o pedido feito para dividir a votação das penas. No texto, o peemedebista defende que as penas são "autônomas e independentes".

    Fui
    Um dos autores da denúncia contra a petista, o advogado Miguel Reale Jr. foi para o aeroporto minutos após a decisão do Senado. Questionado sobre se não ficaria para assistir à posse de Temer, afirmou: "Eu vim para destituir e não para instituir".

    Reprodução @joaquimboficial

    Reprodução @joaquimboficial

    Reprodução @joaquimboficial

    Recado
    No Twitter, o ex-presidente do STF Joaquim Barbosa escreveu que não acompanhou "nada desse patético espetáculo que foi o 'impeachment tabajara' de Dilma Rousseff". "Não quis perder tempo", postou. Sobre Temer, afirmou: "O homem parece acreditar piamente que terá o respeito e a estima dos brasileiros pelo fato de agora ser presidente. Engana-se".

    Versinho
    Em seu discurso após a cassação, Dilma citou um poema do russo Vladimir Maiakóvski (1893-1930): "Não estamos alegres,/é certo,/mas também por que razão/haveríamos de ficar tristes?".

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