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    Na China, Temer afirma que Brasil vive estabilidade

    JOHANNA NUBLAT
    DE ENVIADA ESPECIAL A XANGAI E HANGZHOU (CHINA)

    03/09/2016 02h00

    Minoru Iwasaki/Reuters
    O presidente Michel Temer na China, onde acontece reunião do G20
    O presidente Michel Temer na China, onde acontece reunião do G20

    Em esforço para se legitimar internacionalmente, Michel Temer dedicou o início de sua viagem à China, a primeira desde que assumiu a Presidência, para apresentar um discurso de reunificação, estabilidade e "novo Brasil".

    O presidente e seus ministros bateram nesta tecla nas primeiras horas do giro chinês, onde o peemedebista participará da cúpula do G-20 a partir deste sábado (4).

    "É um país seguro e estável, não há conflitos políticos ou religiosos", disse o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) em Xangai, durante seminário para cerca de 400 empresários de Brasil e China.

    "Nós tivemos agora uma mudança no governo, mas que foi feita em paz, dentro das normas da Constituição (...) tudo segundo ritos definidos pela Justiça", afirmou.

    Ao tomar a palavra, em meio a selfies com chineses, o presidente disse que o "fundamento central" de seu governo é a responsabilidade –fiscal, monetária e política.

    "Os últimos 120 dias, sabem todos, foram de transformações em nosso país. Mesmo em um período de interinidade, pudemos avançar. As expectativas dos agentes econômicos melhoraram, a confiança foi restabelecida, e os indicadores começaram a se recuperar", disse Temer à plateia, para logo emendar uma citação de Confúcio.

    "Esse monumento de sabedoria que a China nos legou escreveu que o homem correto faz antes de falar, apenas depois fala de acordo com aquilo que fez. Sinto-me muito à vontade de lhes falar dos futuros do Brasil, porque as bases desse futuro já foram lançadas."

    Temer chegou a Xangai por volta das 9h desta sexta (2), ainda noite de quinta (1º) no Brasil. Após se reunir com empresários brasileiros, deu rápida entrevista e, em seguida, reuniu-se com o prefeito da cidade, Yang Xiong. Depois, participou do seminário.

    De lá, Temer voou para Hangzhou e, no fim da tarde, participou de uma reunião bilateral com o presidente chinês, Xi Jinping.

    Ao falar sobre o encontro, o ministro José Serra (Relações Exteriores) voltou ao discurso preferido na viagem: "Quero insistir numa coisa, o presidente chinês manifestou grande confiança na estabilidade política do Brasil e nas possibilidades da nossa recuperação econômica".

    Segundo o chanceler, Xi Jinping fez um convite a Temer para uma visita de Estado –o evento com mais alta importância no protocolo diplomático. A visita ainda não data marcada.

    Pouco depois, foi a vez de Meirelles voltar ao tema. "Estamos aqui, apresentando esses planos, esse novo Brasil, agora com estabilidade política, com tranquilidade", disse em entrevista.

    A agenda acelerada de Temer e seus ministros, que enfrentam um fuso de 11 horas após 26 horas de viagem e três paradas no caminho, deve ter um respiro neste sábado (3).

    Até o momento, o presidente tem marcado um encontro com a delegação brasileira e uma reunião com o diretor-geral da OMC, o brasileiro Roberto Azevêdo.

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