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    Lava Jato

    Com tornozeleira, 'Japonês da Federal' volta a escoltar presos da Lava Jato

    DE CURITIBA

    07/09/2016 16h42

    Condenado por contrabando e cumprindo pena com tornozeleira eletrônica, o agente Newton Ishii, conhecido como "Japonês da Federal", voltou a escoltar presos da Operação Lava Jato nesta semana.

    Na última segunda (5), ele conduziu o ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro, durante exame médico em Curitiba. Um dia depois, foi a vez do pecuarista José Carlos Bumlai ser amparado pelo japonês, na chegada à PF.

    Ishii, que cumpre pena no regime semiaberto, foi condenado por facilitação de contrabando enquanto atuava em Foz do Iguaçu (PR), na fronteira com o Paraguai, em 2003.

    Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/Folhapress
    CURITIBA, PR, 05.09.2016 - LAVA JATO - O ex-presidente da construtora OAS, Léo Pinheiro preso na manhã desta segunda-feira (5) deixa o IML - instituto médico Legal após realização de exame de corpo delito em Curitiba (PR).(Foto: Paulo Lisboa / Brazil Photo Press/Folhapress) *** PARCEIRO FOLHAPRESS - FOTO COM CUSTO EXTRA E CRÉDITOS OBRIGATÓRIOS ***
    Leo Pinheiro, ex-presidente da OAS, é escoltado por Newton Ishii (dir.), conhecido como "Japonês da Federal"

    No último ano, o agente se notabilizou por coordenar a escolta de presos na Polícia Federal em Curitiba, e virou um símbolo da Lava Jato.

    Logo após sua prisão, em junho, cumprida depois que o STF determinou a prisão de réus condenados em segunda instância (caso de Ishii), ele foi afastado da escolta e começou a cumprir trabalhos internos.

    Nesta semana, o japonês voltou às ruas em função da ausência de outros policiais do setor. A Polícia Federal, porém, diz que não há impedimento para que Ishii atue na escolta.

    Condenado a quatro anos e dois meses de prisão, o agente não perdeu o cargo público. Por ser réu primário e não ter cometido o crime mediante violência, Ishii recebeu o benefício do regime semiaberto, com uso de tornozeleira.

    A única determinação do juízo é que ele permaneça em casa entre 23h e 5h e aos finais de semana, além de não se ausentar de Curitiba e região metropolitana sem autorização. Em outubro, o regime de Ishii será revisto.

    Na época de sua prisão, agentes federais manifestaram solidariedade ao japonês, que é considerado um policial eficiente e comprometido.

    Em nota, a Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) declarou "total apoio" a Ishii, e diz que há inconsistências na acusação contra ele.

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