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    Ônus de eventual confronto seria da PM, diz líder do MTST

    PAULA REVERBEL
    ANGELA BOLDRINI
    GIBA BERGAMIM JR.
    ARTUR RODRIGUES
    WALTER NUNES
    DE SÃO PAULO

    08/09/2016 20h25

    Líder do protesto desta quinta-feira (8), Guilherme Boulos afirmou que o ônus de um eventual conflito entre manifestantes e policiais seria da PM.

    "Não temos medo algum, nós temos o direito de livre manifestação nas nossas mãos. Se há alguem que vai agir contra a Constituição, de nos impedir marchar onde quer que a gente queira, esse alguém é a Polícia Militar e esse ônus tem que caber a eles", disse Boulos, líder do MTST, colunista da Folha e representante da frente Povo Sem Medo, grupo que convocou o ato desta quinta.

    O militante havia sido perguntado pela Folha se não tinha medo de uma reprise do corre-corre do último domingo, que ele afirma ter sido provocado pelas autoridades, e de um confronto de maio em que um acampamento do MTST foi dispersado à força.

    "Não vão nos intimidar, não vão nos amedrontar, nós vamos marchar até a casa do Temer", concluiu, logo antes de dar início à marcha, que saiu do Largo da Batata, em Pinheiros, às 19h10.

    Os organizadores estimam que 15.000 pessoas participam do ato. A PM não divulgou estimativa.

    DISCUSSÃO

    Já na saída, houve discussão entre advogados dos manifestantes, que estão na linha de frente da passeata, e o capitão Cunha, da PM. Pessoas que participam do protesto reclamaram das motos da Rocam, que estavam andando muito devagar e pressionavam a manifestação pela frente.

    "As motos estavam em cima da passeata, aí um maluco se aborrece, cria uma encrenca desnecessária e começa uma confusão", afirma Danilo de Camargo, advogado dos movimentos.

    Segundo ele, vários advogados estão acompanhando a manifestação. "Antes nós acompanhamos a vistoria [dos policiais que revistavam pessoas na entrada do metrô] para evitar prisões como as de domingo", afirmou.

    Segurando a faixa da linha de frente do protesto estão Boulos, Wagner Freitas, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Jamil Mourad (PC do B) e Eduardo Suplicy (PT). Essas faixas da frente costumam ser carregadas por mascarados. Isso mostra que há uma tentativa de afastar black blocs do ato.

    Em meio aos gritos de "Fora, Temer" e "Diretas Já", manifestantes cantam músicas ligadas a questões de moradia, entoadas geralmente em atos de sem-teto.

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