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    No STF, Senado defende fatiamento da votação do impeachment

    GABRIEL MASCARENHAS
    DE BRASÍLIA

    09/09/2016 21h51

    Alan Marques/Folhapress
    Senadores comemoram após a votação que afastou a presidente Dilma no senado
    Senadores comemoram após a votação que afastou a ex-presidente Dilma

    Em manifestação encaminhada ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta sexta-feira, o Senado defendeu a legalidade do fatiamento da votação do impeachment ex-presidente Dilma Rousseff.

    A medida foi autorizada pelo presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, responsável pela condução do processo no Senado.

    A petição foi anexada a mandados de segurança em que PSDB, PMDB, PPS, Solidariedade, DEM e PSL questionam o rito adotado na ocasião.

    No dia 31, durante a sessão em que os senadores afastaram em definitivo a petista, Lewandowski acolheu um destaque apresentado pela bancada do PT.

    O pleito era: fazer duas votações diferentes, uma para definir o impeachment e outra, para decidir se Dilma tinha direito a ocupar cargos públicos, mesmo após destituída da presidência.

    Ao fim, o Legislativo aprovou o impeachment, mas garantiu a manutenção do direito de Dilma assumir funções públicas.

    Em seu parecer, o Senado afirma que Lewandowski não tinha alternativa, sob argumento de que, nesse julgamento, destaques de bancada devem ser acatados.

    "Como o pedido de destaque foi oriundo de uma bancada, não poderia o Presidente da sessão submetê-lo à deliberação do Plenário para verificar se o Plenário o admitiria ou não. Portanto, a utilização do destaque[...] não representou qualquer inovação na matéria, sendo descabida a tentativa de retratar a votação em separado como um evento estranho, extravagante e inesperado", diz o texto.

    "Se o Presidente do STF rejeitasse monocraticamente o requerimento de destaque, estaria, aí sim, realizando um juízo de mérito, pois, para inadmitir o pedido, teria que se manifestar sobre a
    constitucionalidade da aplicação autônoma e separada das penas, o que deixou de fazer em atenção aos limites de sua competência[...]", acrescenta a peça.

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