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    Fachin nega pedido para suspender votação de desfecho de caso Cunha

    MARIANA HAUBERT
    DE BRASÍLIA

    11/09/2016 22h59

    Alan Marques - 17.dez.2015/Folhapress
    BRASÍLIA, DF, BRASIL 17.12.2015. Ministro Edson Fachin participa da reunião do STF. Supremo Tribunal Federal retoma, em sessão plenária, julgamento dos ritos do processo de impeachment do mandato da presidente Dilma Rousseff. (FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER
    O ministro Edson Fachin em sessão do STF

    Às vésperas de a Câmara dos Deputados decidir o futuro do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal) negou, na noite deste domingo (11), o pedido feito pelo peemedebista para suspender a votação que a Casa fará nesta segunda (12). Os deputados decidirão se o mandato de Cunha deve ou não ser cassado.

    Fachin também pediu informações à Casa sobre todos os procedimentos que foram adotados ao longo do processo contra o deputado afastado.

    A decisão é mais uma derrota que o peemedebista enfrenta ao longo do processo, que começou há quase um ano. Ex-presidente da Câmara, Cunha é alvo de um processo no Conselho de Ética da Casa, sob acusação de ter mentido em depoimento à CPI da Petrobras.

    Na ocasião, ele disse que não tinha contas no exterior. Mais tarde, porém, a PGR (Procuradoria-Geral da República) afirmou que ele é beneficiário de contas não declaradas na Suíça.

    Cunha foi afastado do cargo e do mandato em 5 de maio, quando o STF argumentou que ele usava suas funções na presidência da Câmara para atrapalhar as investigações contra ele.

    Réu em duas ações penais no STF e alvo de outras investigações na corte, sob a acusação de ser um dos protagonistas do petrolão, Cunha tentará nesta segunda um feito inédito: à beira de eleições municipais, na qual os deputados estão mergulhados, ser o primeiro político a não perder o mandato desde que as votações de cassação deixaram de ser secretas, em 2013.

    Uma votação esvaziada beneficia Cunha, já que a cassação de seu mandato só se dará com o apoio de pelo menos 257 dos seus 511 colegas (ele próprio e o presidente da Casa, Rodrigo Maia, do DEM-RJ, não votam). Ausências e abstenções nessa votação, que é aberta, contam a favor do peemedebista.

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