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    Lava Jato

    Peemedebista que preside CCJ diz que vai votar a favor da cassação de Cunha

    RANIER BRAGON
    DE BRASÍLIA

    12/09/2016 16h12

    Renato Costa/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 09/09/2016,Entrevista com o deputaddo afastado Eduardo Cunha,nesta sexta feira (9) em Brasilia . (Foto: Renato Costa/Folhapress,( EXCLUSIVA)
    O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

    O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, Osmar Serraglio (PMDB-PR), afirmou à Folha que votará nesta segunda-feira (12) a favor da cassação do mandato do correligionário Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

    Serraglio foi eleito para a CCJ, que é a principal comissão da Casa, em 3 de maio deste ano com o apoio de Cunha, então presidente da Câmara.

    Dois dias depois dessa posse, o Supremo Tribunal Federal afastou Cunha do cargo e do mandato sob a acusação de que ele usava sua influência no legislativo para atravancar as investigações contra ele na Justiça e no Congresso.

    Apesar de anunciar o voto pela cassação do colega de partido, Serraglio não quis dizer os motivos que o levaram a tomar a decisão.

    O peemedebista do Paraná, que relatou em 2005 a principal CPI do caso do mensalão, fez avaliações sobre o caso de Cunha logo após a aprovação pela Câmara dos Deputados da autorização para a abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff, em abril.

    Na ocasião ele afirmou que Cunha saía fortalecido e que dificilmente seria cassado por ter maioria no Conselho de Ética da Casa.

    POSSE

    "A minha história e biografia dizem como me procederei. Não tenho compromisso nenhum. (...) Posso afirmar que o Brasil pode esperar de mim um condutor exemplar, que irá proceder como se pode esperar de uma comissão de Constituição e Justiça", disse Serraglio ao assumir a CCJ, em maio.

    Na ocasião a comissão analisava recurso de Cunha que pedia a anulação de seu processo de cassação. A CCJ acabou rejeitando o recurso de Cunha posteriormente.

    Serraglio foi eleito para o cargo após uma combinação interna no PMDB que contou com o aval de Cunha. Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), que também pleiteava a vaga, recebeu o compromisso de ser apoiado pelo partido para comandar a comissão em 2017.

    A Folha apurou que outros líderes partidários que eram alinhados a Cunha também vão votar a favor da cassação do peemedebista na sessão desta segunda.

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