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    Brasil não deve banalizar presença do Exército nas ruas, diz Jungmann

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    14/09/2016 15h08

    Ricardo Borges - 21.jul.2016/Folhapress
    Rio de Janeiro RJ,BRASIL, 21/07/2016; Ministro da Defesa Raul Jungmann fala apos treinamento da marinha que fez simulação de resgate na baia de Guanabara em suposta barca sequestrada. O treinamento utilizou três helicópteros e diversos barcos na ação. (Foto: Ricardo Borges/Folhapress. ) *** EXCLUSIVO FOLHA***
    O ministro da Defesa, Raul Jungmann, durante entrevista após o treinamento da marinha, que fez simulação de resgate

    Embora tenha definido apoio das Forças Armadas a governos estaduais durante as eleições, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse nesta quarta-feira (14) que é contra a permanência de militares nas ruas por períodos prolongados.

    "Temos que tomar cuidado para não banalizar a atuação da GLO" (garantia de lei e ordem, instrumento que permite a convocação das forças para apoio à segurança pública), afirmou o ministro em entrevista no Rio.

    A declaração foi feita após questionamentos sobre o desejo do governo do Rio em manter o Exército nas ruas após a eleição. As Forças Armadas já vêm contribuindo com o patrulhamento da capital do estado durante o período dos jogos.

    Jungmann disse que ainda não há um pedido formal do governo do estado ao presidente Michel Temer, mas já houve conversas com os ministérios da Defesa e da Justiça sobre o tema.

    Segundo ele, sua pasta se comprometeu a ajudar com treinamento e apoio logístico, mas a prerrogativa de definir sobre o deslocamento de pessoal é da Presidência da República.

    O ministro, porém, citou o México como um exemplo de que a permanência de militares no patrulhamento de cidades por muito tempo pode ser prejudicial.

    "O soldado não tem a formação de policial. Não tem também a informação. Quando entra em uma comunidade, ele não sabe distinguir quem é quem", argumentou.

    Durante a eleição, soldados do Exército vão ajudar no patrulhamento de locais de votação e no transporte de urnas. O ministro não soube precisar, porém, quantos serão os locais nem o contingente necessário.

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