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Em imagem de 2014, ex-ministro Guido Mantega acompanha Dilma durante evento no Palácio do Alvorada |
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Poder
Saturday, 04-May-2024 11:28:37 -03Prisão de Mantega foi para influenciar as eleições, diz Dilma
JOÃO PEDRO PITOMBO
DE SALVADOR22/09/2016 20h10
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) classificou como "lamentável" a prisão do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. Ela afirmou também que o objetivo da ação é influenciar a campanha eleitoral.
As declarações foram dadas nesta quinta-feira (22) em Salvador, onde a ex-presidente participou de um ato contra o presidente Michel Temer (PMDB), organizado pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo sem Medo.
"Hoje, um fato lamentável aconteceu, que é o uso e a tentativa de prender uma pessoa como é o ex-ministro Guido Mantega em um hospital onde a mulher dele estava sendo operada de câncer. A pergunta é: por que prender? A resposta é: para influenciar a campanha eleitoral", disse.
Dilma disse lamentar "profundamente" a prisão e na sequência afirmou que os governos Lula e Dilma foram os que mais combateram a corrupção.
O ex-ministro da Casa Civil Jaques Wagner (PT) também comentou a operação da Polícia Federal e disse que a prisão de Mantega no hospital "foi de uma crueldade nazista".
No ato em Salvador, a ex-presidente Dilma desfilou em cima de uma caminhonete ao lado de Jaques Wagner, do governador Rui Costa (PT) e da candidata à Prefeitura de Salvador Alice Portugal (PC do B).
No chão, o público cercava o carro em que Dilma desfilou, com gritos de "fora, Temer" e "Dilma, guerreira, da pátria brasileira". Sorrindo e acenando para o público, a ex-presidente evitou entoar os gritos contra o presidente.
No discurso, a ex-presidente voltou a afirmar que o impeachment foi um golpe para retirar direitos sociais e serviu para impedir que as investigações da Lava Jato "cheguem aos golpistas".
Dilma ainda afirmou que, no governo Temer, "o povo não cabe no orçamento" e acusou o presidente de querer "privatizar tudo".
"Eles querem privatizar tudo que puder, as terras, a Petrobras. Querem passar a comprar plataforma [de exploração de petróleo] fora do Brasil, transferindo para a Coreia, o Japão os empregos que nós poderíamos ter".
A manifestação percorreu um trecho de 2,5 km entre a Praça do Campo Grande a Praça Castro Alves, no centro de Salvador. Segundo a organização, 50 mil pessoas participaram do ato.
CAMPANHA NACIONALIZADA
Além de participar do ato, Dilma também gravou cenas para o programa eleitoral de Alice Portugal.
A candidata do PC do B tem adotado a estratégia de nacionalizar a campanha eleitoral, associando o seu adversário, o prefeito ACM Neto (DEM), ao presidente Michel Temer.
Por outro lado, Portugal tem associado sua candidatura ao apoio de Dilma e Lula, aproveitando a popularidade de ambos no Nordeste. Em Salvador, os candidatos do PT foram os mais votados em todas as eleições presidenciais desde 1989.
Este é o segundo ato político de que Dilma participa desde que deixou o cargo de presidente, após a confirmação do impeachment no Senado.
Na quarta-feira (21), a ex-presidente esteve no Rio de Janeiro, onde participou de um ato de campanha da candidata Jandira Feghali (PC do B).
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