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    Lava Jato

    PF apresentou 'só presunções', diz defesa de Palocci

    DANILO VERPA
    PAULA REVERBEL
    DE SÃO PAULO

    27/09/2016 00h00

    Danilo Verpa/Folhapress
    Ex-ministro Antonio Palocci foi preso nesta segunda (26)
    Ex-ministro Antonio Palocci foi preso nesta segunda (26)

    O advogado que representa o ex-ministro Antonio Palocci, José Roberto Batochio, disse nesta segunda-feira (26) que ele nega todas as acusações dos investigadores da Lava Jato.

    O criminalista conversou com jornalistas em frente à Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. Ele disse ter acompanhado pelo celular a coletiva de imprensa da PF que tratou da prisão de Palocci. "Absolutamente vazia, só presunções, só deduções, só imaginação, nada de provas", afirmou sobre a exposição dos investigadores.

    Batochio também representa o ex-presidente Lula —que virou réu na Justiça pela segunda vez este mês após ter denúncia aceita pelo juiz Sergio Moro— e o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, que foi preso e solto na última quinta-feira.

    O advogado disse estranhar o fato dos presos recentes da Operação Lava Jato estarem associados a gestões petistas. "Só os do PT são presos. É um fato difícil de explicar", afirmou, fazendo referência a outros partidos investigados.

    Batochio disse ter se encontrado com Palocci após a prisão do ex-ministro para verificar a agenda que irão ter daqui para frente. Segundo ele, é muito cedo para definir se entrará com pedido de habeas corpus. "É prematuro", afirmou.

    Branislav Kontic, ex-assessor de Palocci na Casa Civil, e Juscelino Dourado, seu ex-chefe de gabinete na Fazenda, também foram presos.

    A defesa de Kontic afirmou por meio de nota que seu cliente "não cometeu nenhum ato ilícito, nem recebeu qualquer vantagem indevida". A nota ainda argumentou que o ex-assessor "foi preso arbitrariamente pelo simples fato de ser funcionário da empresa Projeto Consultoria", de Palocci.

    Procurada, a defesa de Juscelino Dourado não se manifestou até a conclusão desta edição.

    TERRENO

    O Instituto Lula, que foi associado pelo juiz Moro a um terreno supostamente comprado pela Odebrecht em 2010, também emitiu nota.

    Para o juiz, há indícios de que o terreno serviria para a instalação do instituto.

    A instituição disse que nunca teve outra sede ou terreno. "Desde que foi criado, em 2011, o Instituto Lula funciona em um sobrado adquirido em 1991 pelo antigo Instituto de Pesquisas do Trabalhador. No mesmo endereço funcionou, por mais de 15 anos, o Instituto Cidadania", informou a nota.

    "Mais uma vez, querem impingir ao ex-presidente Lula uma acusação sem materialidade, um suposto favorecimento que nunca existiu", acrescentou.

    Procurada pela Folha, a empreiteira Odebrecht informou que não vai se manifestar sobre o caso.

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