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    Lava Jato

    Temer acerta permanência de ministro da Justiça

    VALDO CRUZ
    DE BRASÍLIA

    27/09/2016 12h01

    Pedro Ladeira - 21.jul.2016/Folhapress
    Brasilia, DF, Brasil, 21/07/2015: Coletiva do ministro da justica Alexandre de Moraes, no MJ. Ele fala sobre a prisao de brasileiros sob suspeita de terrorismo, apos o grupo ter feito contatos com o Estado Islamico. Foto: Pedro Ladeira/Folhapress
    O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, durante entrevista em Brasília

    Após reunião nesta terça-feira (27) pela manhã, o presidente Michel Temer ratificou sua decisão de manter o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, no cargo depois de suas declarações polêmicas no domingo (25), dizendo que "nesta semana" haveria uma nova Operação da Lava Jato.

    No encontro, Temer repreendeu pessoalmente seu ministro pelas declarações dadas em Ribeirão Preto (SP), repetindo as reclamações já feitas no dia anterior por telefone. O presidente alertou seu ministro da Justiça que não quer a repetição deste tipo de comportamento, porque gera desgaste para o Palácio do Planalto.

    Depois da reunião, Alexandre de Moraes disse a interlocutores que estava tudo resolvido entre ele e o presidente depois da conversa realizada nesta manhã. Assessores de Temer chegaram a defender sua demissão, mas o peemedebista avaliou que isto iria trazer uma crise pior para o Palácio do Planalto e seria uma admissão oficial de que houve vazamento da Lava Jato.

    Alexandre de Moraes foi acusado por petistas de usar politicamente uma informação, de que haveria operação da Lava Jato nesta semana, o que, de fato, ocorreu, quando foi preso nesta segunda (26) o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil) dos governos Lula e Dilma. Moraes negou ter a informação privilegiada sobre a realização da operação.

    Temer disse a assessores que vai realizar o mesmo tipo de conversa com os demais ministros de sua equipe que têm dado declarações que provocam desgaste em seu governo. Na lista, além de Moraes, estão Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), Ricardo Barros (Saúde) e Ronaldo Nogueira (Trabalho).

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