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    Sombra, do caso Celso Daniel, morre em São Paulo

    DE SÃO PAULO

    27/09/2016 16h50

    Luiz Carlos Murauskas - 22.jun.2005/Folhapress
    SERGIO SOMBRA DEPOE EM SANTO ANDRE. SAO PAULO - SP - JULHO 22: O Sergio Gomes da Silva, o Sergio Sombras, depoe em 22 julho 2005, no Forum de Santo Andre no processo por corrupcao na Prefeitura de Santo Andre. E a primeira vez que ele aparece apos ter sido Solto da Cadeia. Chega comprimenta advogas, recebe abraco da sogra Angelina Pugliese (loira) (Foto: Luiz Carlos Murauskas/Folha Imagem - 0614 - SP07155-2005,Snapfoto02;15, Brasil)
    Sergio Gomes da Silva, o Sombra, depõe em 2005 no processo sobre corrupção em Santo André (SP)

    Morreu na manhã desta terça-feira (27), em São Paulo, o empresário Sergio Gomes da Silva, o Sombra, amigo e assessor do ex-prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel (PT), assassinado em janeiro de 2002 após ter sido sequestrado quando os dois estavam juntos em um carro.

    Silva estava internado em um hospital na zona leste da capital. Ele enfrentava um câncer havia cerca de dois anos. O advogado dele, Roberto Podval, confirmou à Folha a informação de sua morte.

    Próximo de Celso Daniel e com bom trânsito na Prefeitura de Santo André, Silva chegou a ser acusado pelo Ministério Público de envolvimento na morte do petista, como um dos mandantes do crime. Ele sempre negou.

    Suspeitava-se de que a morte tivesse relação com um esquema de pagamentos de propina a agentes públicos da cidade que teria, ainda, o envolvimento do empresário Ronan Maria Pinto –recentemente preso e depois solto na operação Lava Jato.

    Para a Polícia Civil, o ex-prefeito foi vítima de um crime comum (sem motivações políticas) –à época, seis homens foram presos e um adolescente, apreendido. Os adultos foram julgados e condenados em júri popular.

    No processo sobre a morte de Celso Daniel, Silva chegou a ficar preso preventivamente por sete meses e acabou solto por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal).

    Em novembro de 2015, Silva foi condenado em primeira instância por envolvimento no esquema de corrupção que teria funcionado no segundo mandato de Celso Daniel, a partir de 1997.

    A pena foi de 15 anos, 6 meses e 19 dias de prisão em regime fechado pelos crimes de concussão (exigência de cobrança indevida) e corrupção passiva. Ele recorria em liberdade.

    Podval, advogado de Silva, afirmou na ocasião que não havia provas de que ele tivesse contribuído com qualquer tipo de corrupção.

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