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    operação lava jato

    Lancha apreendida de Paulo Roberto Costa vai a leilão pela segunda vez

    FELIPE BÄCHTOLD
    DE SÃO PAULO

    30/09/2016 02h00

    Reprodução
    Lancha do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, avaliada em R$ 3 milhões, que vai a leilão em Curitiba. Foto: Reproducao ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    Lancha do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que vai a leilão novamente

    Após não receber nenhum lance em uma primeira tentativa, uma lancha de 45 pés do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa irá a leilão pela segunda vez na segunda-feira (3) com preço sugerido de R$ 1,74 milhão.

    Costa, primeiro delator da Operação Lava Jato e já condenado em ações penais ligadas à operação, se comprometeu a devolver milhões de reais em seu acordo de colaboração com a Justiça.

    A lancha Costa Azul, fabricada em 2013 e com eletrodomésticos e churrasqueira no interior, entrou na lista de bens que deveriam ser vendidos para compensar os cofres públicos pelos prejuízos causados por crimes cometidos no âmbito da Petrobras.

    A embarcação está em Mangaratiba, no litoral fluminense. Quem vencer a concorrência precisará pagar ainda R$ 61,7 mil referentes a aluguel e condomínio atrasados na marina.

    Em novembro do ano passado, uma empresa de leilões tentou vender a Costa Azul, mas nenhum interessado apareceu. Na ocasião, o barco do ex-diretor era avaliado em R$ 3 milhões.

    Como não houve compradores, o juiz Sergio Moro determinou uma nova avaliação do bem. Agora, se não houver interessados em primeira tentativa, o lance mínimo cairá para R$ 700 mil.

    Anteriormente, o juiz escreveu, ao justificar a decisão de leiloar a lancha, que o Brasil "não é um país rico" e que "não é tolerável" que um bem apreendido por ser produto de crime permaneça "exposto à deterioração".

    O Ministério da Justiça recomenda a venda de bens apreendidos que estejam sujeitos à rápida deterioração se armazenados.

    Em acordo de delação premiada homologado pelo Supremo Tribunal Federal há dois anos, Paulo Roberto Costa se comprometeu a entregar a lancha, terrenos em Mangaratiba, avaliados na época em R$ 3,2 milhões, e um automóvel.

    No acordo, ele também abriu mão em favor da União de US$ 25,8 milhões que estavam depositados em contas no exterior.

    Costa ficou preso por cinco meses no Paraná em 2014 e passou um ano em prisão domiciliar no Rio. Em novembro de 2015, ele foi para o regime semiaberto.

    O delator foi condenado por Moro em sete processos, com penas que, somadas, chegam a 74 anos de prisão.

    A Justiça já promoveu leilões de bens que pertenciam aos doleiros Alberto Youssef e Nelma Kodama. A Lava Jato já firmou acordos de colaboração com ao menos 70 delatores. Os compromissos geralmente envolvem ressarcimento aos cofres públicos.

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