Em São Paulo, Fernando Haddad (PT) é defensor da lei de cotas nas universidades. Já disse que "não há precedente de democratização do acesso" à educação como ocorre agora. Entretanto, Gabriel Chalita, que concorre ao cargo de vice-prefeito pelo PDT, já emitiu posições públicas contrárias. Em artigo em seu site, por exemplo, afirma que "a revolução educacional não se faz com sistemas de cotas ou outras demagógicas iniciativas". Procurado, disse nesta quinta que mudou de ideia.

João Doria (PSDB) diz, por onde passa, que é a favor do Uber. Já afirmou que "não há como ser contra" porque aplicativos fazem parte da evolução natural da história. Entretanto, Bruno Covas, que concorre a vice pelo PSDB, ganhou destaque no Congresso como defensor dos taxistas. No ano passado, classificou o Uber como uma "concorrência absurda e desleal". A campanha afirma que Covas mudou de posição depois que a prefeitura regulamentou o serviço.

Marta Suplicy (PMDB) foi ministra da Cultura no governo Dilma e teve como principal bandeira a implantação do Vale-Cultura, que comparou ao Bolsa Família e chamou de "Bolsa Alma". Entretanto, Andrea Matarazzo (PSD), vice na chapa, foi secretário estadual de Cultura de São Paulo, e já criticou o projeto. "Acho que foi um factoide", disse ele publicamente. Questionado agora, afirmou que não conhece detalhes do assunto.

No Rio de Janeiro, Pedro Paulo (PMDB) votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff. Na Câmara, afirmou que votaria "sim" "com a esperança de sair da crise". Entretanto, Cidinha Campos, candidata a vice pelo PDT, se posiciona contra o impeachment. No Facebook, escreveu que "é um golpe claro, tramado por partidos que até ontem ajudavam Dilma a governar". Procurada, ela diz manter a posição.

Marcelo Crivella (PRB) afirma em seu programa de governo que vai "concluir as obras do BRT TransBrasil" e que tentará ampliar o BRT TransCarioca. Entretanto, Fernando Mac Dowell, que concorre a vice pelo PR, é antigo crítico dos corredores de ônibus construídos no Rio. Mac Dowell é contra a "forma e a maneira de estarem colocando o BRT". Procurada, a campanha não se manifestou.

Alessandro Molon (Rede) acredita que o impeachment de Dilma se deu "sem crime de responsabilidade" e que os deputados cederam a "chantagens e pressões" de Eduardo Cunha. Entretanto, Roberto Anderson, que disputa o cargo de vice pelo PV, já escreveu que "Dilma é acusada de crimes reais, pedaladas entre eles". Também já ponderou que "não foi Cunha quem propôs o processo".

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