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    Justiça condena Joaquim Barbosa a indenizar jornalista por danos morais

    DE BRASÍLIA

    07/10/2016 16h47

    Fabio Braga/Folhapress
    SAO PAULO, SP, BRASIL, 12-05-2016: O ex-Presidente do Supremo Tribunal Federal do Brasil, Joaquim Barbosa, faz pergunta ao escritor Vargas Llosa durante evento. O Instituto Palavra Aberta promove no Insper palestra com o jornalista e escritor vencedor do Premio Nobel da Literatura, Mario Vargas Llosa. O autor peruano discorre sobre sua trajetoria, liberdade de expressao e liberdade politica. (Foto: Fabio Braga/Folhapress, FOTO).
    Joaquim Barbosa, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal

    O Tribunal de Justiça do Distrito Federal condenou nesta quinta (6) o ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa a pagar R$ 20 mil em indenização por danos morais ao jornalista Felipe Recondo.

    Em 2013, Barbosa foi abordado pelo repórter, que na ocasião trabalhava para o jornal "O Estado de S. Paulo", na saída da sessão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

    O então ministro chamou o jornalista de "palhaço" e mandou que ele fosse "chafurdar no lixo".

    "Me deixa em paz, rapaz. Vá chafurdar no lixo, como você faz sempre", disse, na época. Ao entrar no elevador, Barbosa voltou a se dirigir ao repórter: "Palhaço".

    Recondo, hoje sócio do site Jota, moveu uma ação por danos morais em agosto de 2014. Perdeu em primeira instância e apelou ao Tribunal de Justiça do DF, que acolheu o recurso e condenou Barbosa. O ex-ministro pode recorrer da sentença ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).

    O advogado do jornalista, Leonardo Furtado, disse que é relevante o fato de a Justiça ter entendido que o Estado não tem responsabilidade sobre situações como essa. O episódio ocorreu dentro de um prédio público, e Barbosa estava na condição de ministro naquele momento, mas ele responde à ação como pessoa física.

    "É importante para definir os limites da responsabilidade do agente público. Ele responde como pessoa natural. Se fosse o contrário, a ação nem poderia continuar, o processo teria de ser contra o Estado, mas, apesar de ser presidente do STF à época, ele não estava agindo como agente público", afirmou Furtado.

    Procurado pela reportagem, Joaquim Barbosa informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não irá se pronunciar sobre a decisão.

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