• Poder

    Saturday, 04-May-2024 15:15:29 -03

    Temer não fala sobre crise institucional; foco é segurança, diz

    GABRIEL MASCARENHAS
    MARINA DIAS
    CAMILA MATTOSO
    DE BRASÍLIA

    28/10/2016 12h21

    Alan Marques/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL - 27-10-2016 - O presidente Michel Temer durante entrevista coletiva no Palacio do Planalto. (Foto: Alan Marques/Folhapress, PODER)
    O presidente Michel Temer durante entrevista coletiva no Palacio do Planalto, do PMDB

    O presidente Michel Temer se recusou a comentar a crise institucional, deflagrada pelas trocas de farpas públicas entre a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

    Ao chegar ao Itamaraty para uma reunião com os presidentes dos três Poderes o outras autoridades para tratar do novo plano de segurança pública, nesta sexta (28), Temer foi perguntado se o encontro seria o primeiro passo para amainar a turbulência iniciada com as acusações públicas. "Hoje, vamos começar a resolver a crise da segurança pública", limitou-se a dizer Temer à Folha.

    Questionado novamente pela reportagem sobre como resolveria a crise institucional, o presidente repetiu: "Hoje, vamos começar a resolver a crise da segurança", esquivou-se.

    Às 11h, já haviam chegado ao Itamaraty o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ministro das Relações Exteriores, José Serra, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.

    O encontro desta sexta ocorre após uma tentativa fracassada de Temer para tentar aparar as arestas. Ele convidou Renan e a presidente do Supremo para uma reunião no Palácio do Planalto no início da semana, mas Cármen Lúcia disse que não poderia comparecer. Alegou incompatibilidade de agenda.

    Na ocasião, Renan disse a aliados que esperava uma postura de conciliação "mais rápida" de Temer e reclamou nos bastidores que não recebeu o apoio que desejava do presidente.

    O desentendimento entre os comandantes do Senado e do STF começou depois que Renan criticou duramente a Operação Métis, deflagrada pela Polícia Federal, que prendeu quatro policiais legislativos e cumpriu mandados de busca e apreensão dentro do Congresso.

    Renanclassificou como "juizeco" o titular da 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília, que autorizou a ação da PF no Congresso. Ele disse que, por se tratar de uma Casa de parlamentares como foro privilegiado, a investida só poderia ocorrer com o aval do Supremo.

    No dia seguinte, Cármen Lúcia rebateu. Sem citar o peemedebista nominalmente, exigiu respeito e afirmou que todas as vezes em que um magistrado é ofendido, ela própria sente-se agredida.

    Antes da reunião desta sexta, o presidente do Senado ligou para a ministra e pediu desculpa) pelas declarações dadas no início da semana.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024