O governador licenciado do Rio, Luiz Fernando Pezão, reassume o cargo nesta terça-feira (1º) sob forte pressão de sua base, inclusive do PMDB.

Deputados querem medidas imediatas para o corte de gastos do governo antes do envio de projetos de lei impopulares, como aumento de contribuição de servidores para a Previdência.

Pezão está em licença desde março, após ser diagnosticado com um linfoma não-Hodgkin anaplásico de células T-Alk positivo, o que exigiu quimioterapia.

"Os efeitos da quimioterapia são muito violentos e demoram a sair do organismo. Tenho que continuar o tratamento, fazer fisioterapia, recuperar minha forma física. Tenho que me cuidar muito ainda, até porque, se eu não cuidar de mim, não consigo cuidar do Estado", disse ele, em nota.

Há algumas semanas peemedebistas cogitavam nos bastidores até mesmo a deposição de Pezão, caso as medidas tardassem em seu retorno. Após indicativos de que o governador deve anunciar cortes antes de medidas de ajuste fiscal, o ambiente melhorou.

A Assembleia Legislativa do Rio tinha três pedidos de impeachment de Pezão. Um deles foi arquivado e outros dois receberam parecer de inadmissibilidade da procuradoria da Casa.

Um dos que pressionam por cortes é o presidente da Casa, Jorge Picciani (PMDB). Ele defende que Pezão reduza de 20 para 8 secretarias.

"O governo precisa fazer uma demonstração clara de esforço para referendar algumas medidas como aumento de imposto e de contribuição previdenciária", disse Picciani.