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    Partido nanico que apoiou João Doria ganha cargo de Alckmin

    THAIS BILENKY
    DE SÃO PAULO

    05/11/2016 02h00

    Eduardo Knapp - 2.out.2016/Folhapress
    Sao Paulo, SP, BRASIL, 02-10-2016: Joao Doria (PSDB) eh eleito prefeito de SP no primeito turno e faz discurso e comemora no comite do partido no bairro Planalto Paulista ao lado do Governador Geraldo ALckmin e Bruno Covas (Foto: Eduardo Knapp/Folhapress, PODER).
    O governador Geraldo Alckmin (PSDB) comemora com Joao Doria (à dir.) a vitória na eleição em SP

    O governador Geraldo Alckmin (PSDB) deve nomear o presidente estadual do nanico PMB (Partido da Mulher Brasileira) secretário-adjunto de Turismo de São Paulo.

    A posse de Jaime Fusco, prevista para a semana que vem, se dá após o apoio do PMB à candidatura à Prefeitura de João Doria, afilhado político de Alckmin.

    Além de Fusco, Alckmin já nomeou Laércio Bencko, presidente estadual do PHS, como secretário do Turismo e Ricardo Salles, do PP, como secretário do Meio Ambiente. As nomeações ocorreram na esteira do apoio das legendas à candidatura Doria.

    A possibilidade de Fusco assumir, quando ventilada durante a campanha, causou polêmica por seu currículo.

    Baseado no Rio, Fusco era advogado. Entre seus clientes esteve o traficante Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha.

    Agora já estabelecido em São Paulo, ele defende sua trajetória. "Tenho perfil técnico. Fui procurador-geral da Câmara Municipal de Seropédica (RJ). À época, o prefeito pediu um estudo e eu criei a Secretaria Municipal de Regularização Fundiária, por projeto de lei. Depois, assumi a pasta", relatou.

    "Teve essa mácula na minha vida, porque quando o Antonio Bonfim estava solto, eu trabalhava com a Secretaria de Segurança para a entrega dele, por isso acabei virando advogado. Eu fiz a intermediação para que ele fosse preso e criou uma confiança dele por conta disso", afirmou Fusco.

    Ele disse desconhecer a nomeação. "A Folha me massacrou, falando que eu era advogado de traficante, acho difícil o governador... Seria uma honra para mim, mas não estou sabendo de nada", disse.

    No final de setembro, o Ministério Público Eleitoral denunciou Alckmin e a campanha de Doria por suposto abuso de poder político.

    No entendimento do promotor José Carlos Bonilha, Alckmin usou a máquina do Estado na montagem da coligação do então candidato.

    Com apoio de 12 siglas, além do PSDB, a campanha de Doria obteve o maior tempo de TV da disputa, o que foi fundamental para que ele se tornasse conhecido.

    A campanha do PSDB, à época, informou que se defenderia "na certeza de que não cometeu ilegalidade".

    A assessoria de imprensa do governo do Estado de São Paulo disse que "não existe qualquer relação entre a administração pública e a lógica eleitoral".

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