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    Embaixada nos EUA terá cartilha sobre transição no Brasil

    PATRÍCIA CAMPOS MELLO
    ENVIADA ESPECIAL A WASHINGTON (EUA)

    07/11/2016 02h00

    Moacyr Lopes Junior - 27.ago.2014/Folhapress
    O ex-ministro do Desenvolvimento Sergio Amaral recebeu a aprovação para ser embaixador nos EUA
    O ex-ministro do Desenvolvimento Sergio Amaral, novo embaixador do Brasil nos EUA

    A embaixada do Brasil em Washington vai lançar nas próximas semanas uma cartilha sobre a transição política e econômica do Brasil.

    Segundo apurou a Folha, serão distribuídos 3.000 exemplares a políticos, empresários, think tanks, congressistas e jornalistas.

    A ideia do livrinho é explicar a formadores de opinião americanos o que o Brasil está fazendo para sair da crise econômica e como se deu o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

    Um dos objetivos é deixar os investidores estrangeiros mais tranquilos e aumentar seu interesse no programa brasileiro de concessões de infraestrutura.

    De forma condensada, a cartilha será uma apresentação do programa para recuperação da economia, listando áreas onde o governo oferecerá concessões e explicando que o Brasil está disposto a ajustar o marco regulatório quando as demandas dos investidores forem justificadas.

    "Não se trata de propaganda de governo, é uma explicação baseada em fatos, como a sentença do [então presidente do STF] Ricardo Lewandowski, a aprovação das reformas, e outros", diz o embaixador do Brasil em Washington, Sergio Amaral.

    Haverá também versão digital da cartilha. O custo, segundo Amaral, não vai passar de US$ 5.000.

    "É importante reforçarmos a comunicação no exterior, as pessoas estão interessadas sobre o que vai acontecer no Brasil", diz o embaixador.

    Estarão listadas na cartilha tabelas com indicadores do país apresentadas pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em suas palestras a investidores.

    Foram tomadas ainda outras medidas para reforçar a credibilidade do Brasil.

    Desde que chegou à capital americana, na primeira semana de setembro, o embaixador já fez sete palestras, encontrou-se duas vezes com grupos de investidores e teve cinco reuniões com congressistas americanos.

    Fontes do governo e do Congresso americano disseram à Folha que o impeachment não é mais uma preocupação, embora alguns setores do mundo acadêmico mantenham suas críticas ao processo. Mas a economia e as investigações de corrupção despertam muita inquietação.

    A aprovação do teto de gastos foi recebida de forma positiva, mas integrantes do setor privado e governo se mantêm em compasso de espera, querem que o governo brasileiro consiga aprovar outras reformas que ajudem a por a dívida do país em trajetória sustentável.

    Segundo o governo americano, o importante é ter um país estável, com a economia em recuperação. Os últimos meses têm sido auspiciosos, na visão dos americanos.

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