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O governador Rui Costa (PT) em inauguração de obra na Bahia |
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Poder
Monday, 20-May-2024 13:47:42 -03Após impeachment, Dilma continua sendo homenageada em obras na Bahia
VALDO CRUZ
GUSTAVO URIBE
DE BRASÍLIA09/11/2016 02h00
O afastamento de Dilma Rousseff do comando do Palácio do Planalto, em maio deste ano, não impediu que ela continuasse a ser homenageada em inaugurações de obras pelo país.
Pelo menos na cidade baiana de Caetité, a 645 km de Salvador, a petista continua sendo citada em placas oficiais.
O Estado é governado por um aliado da ex-presidente.
No sábado (5), o governador da Bahia, Rui Costa (PT), inaugurou no município iniciativas em parceria dos governos estadual e federal.
Em uma das placas, de inauguração de uma adutora, foi registrado "obra construída no governo Dilma Rousseff". Apenas abaixo desta inscrição é citado que o presidente atual é Michel Temer.
Em outra placa, é dito que a obra foi "iniciada no governo Dilma Rousseff", trazendo logo abaixo que Michel Temer é o presidente da República.
Entre assessores de Temer, a forma como as placas foram produzidas gerou desconforto. Um auxiliar avaliou que foi uma descortesia do governador colocar o nome do presidente depois das citações à sua antecessora no Planalto.
A referência a gestões passadas, mesmo quando elas tenham iniciado uma obra pública, não é comum em placas oficiais. A ausência, contudo, é criticada por ser vista como uma falta de reconhecimento para quem iniciou o empreendimento.
As obras em questão são um armazém territorial de agricultura familiar e um sistema integrado de abastecimento de água do município.
Procurado pela Folha, o governo baiano afirmou que as placas oficiais fazem referência a Dilma porque "ela era presidente na época em que a obra foi executada". Segundo ele, foram investidos R$ 32 milhões na segunda etapa da adutora.
A fotografia das inaugurações foi mostrada na última segunda-feira (7) para o presidente Michel Temer em reunião com a equipe de ministros para discutir obras paradas no país. A presença do nome da petista foi motivo de críticas entre assessores e auxiliares presidenciais.
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