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    PT extingue processo de eleição direta à presidência do partido

    CATIA SEABRA
    DE SÃO PAULO

    11/11/2016 14h33 - Atualizado às 21h11

    Avener Prado/Folhapress
    SÃO PAULO, SP, BRASIL, 10-11-2016: LULA durante ato de apoio a ele na casa de Portugal, no centro de São Paulo. Intelectuais, artistas, lideranças movimentos sociais e sindicalistas lançaram nesta quinta-feira (10), em São Paulo, a campanha "Por um Brasil Justo pra Todos e pra Lula". (Foto: Avener Prado/Folhapress, PODER) Código do Fotógrafo: 20516 ***EXCLUSIVO FOLHA***
    Lula discursa em ato de apoio a ele na casa de Portugal, no centro de São Paulo

    Numa tentativa de impedir uma debandada de parte de seus deputados, o PT extinguiu, pelo menos temporariamente, seu processo de eleição direta para a direção nacional (PED).

    Esse gesto —que representa uma concessão da maior força do partido, a CNB (construindo um novo Brasil)— é fruto de acordo costurado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, ao final de tenso debate, fez um apelo aos petistas: "Por favor, parem de brigar".

    Na tarde desta sexta (11), o diretório nacional do PT definiu um novo critério de eleição interna. Por esse formato, só os diretórios municipais do partido serão escolhidos pelo voto direto. Na mesma votação, haverá uma urna destinada à eleição dos delegados estaduais do PT.

    Esses delegados escolherão, por sua vez, representantes no congresso que elegerá a direção nacional do PT.

    Para aprovar essa fórmula, o comando concordou com a antecipação do fim do mandato. A eleição do novo presidente acontecerá em abril.

    Essa antecipação foi outro aceno da atual direção para a esquerda do partido.

    A cúpula petista tenta esvaziar qualquer argumento que justifique uma desfiliação de deputados descontentes. Os opositores dizem que a eleição direta de filiados favorece a máquina partidária e pode gerar irregularidades.

    Presidente nacional do PT é um dos articuladores do acordo, Rui Falcão, afirmou que se alguém buscava pretextos não tem mais.

    Patrocinado por Lula, o novo critério foi aprovado por 57 votos contra 27.

    A esquerda do partido defendia o fim da eleição direta para todas as instâncias do partido. Mas foi a CNB quem mais cedeu ao abrir mão de um modelo que vigora desde 2001. A eleição direta foi obra do ex-ministro José Dirceu, na época presidente nacional do PT. O argumento é de que o processo aumentaria o grau de democracia interna.

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