Pedro Ladeira - 9.nov.16/Folhapress | ||
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), relator do projeto de lei das dez medidas |
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Poder
Friday, 03-May-2024 21:27:08 -03Relator recua e retira proposta de endurecer lei a juízes e procuradores
RANIER BRAGON
DÉBORA ÁLVARES
DE BRASÍLIA14/11/2016 19h55
Após reunião com integrantes do Ministério Público Federal nesta segunda-feira (14), o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) recuou e retirou de seu parecer proposta de endurecer as regras de punição a juízes, procuradores e promotores que cometerem crimes.
Lorenzoni, que é relator na Câmara do pacote de medidas apresentado pelo Ministério Público, se encontrou, entre outros, com Deltan Dallagnol, um dos coordenadores da força-tarefa da Operação Lava Jato, e José Robalinho Cavalcanti, presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).
Uma das propostas incluídas no pacote por Lorenzoni estabelecia que magistrados e membros do Ministério Público passassem a poder responder por crime de responsabilidade. A punição máxima era a perda do cargo e inabilitação para o serviço público.
"Estamos afastando toda e qualquer remota referência à tentativa de constrangimento às investigações que estão sendo feitas. As medidas que vamos aprovar não podem nem de longe estar ao lado de medidas que possam passar a impressão de cerceamento de investigadores e juízes", disse o deputado.
Ele afirmou que o tema será debatido pelo Congresso em outra oportunidade.
Dallagnol disse que pediu ao deputado a retirada desse ponto por considerar que o debate poderia ser contaminado por aqueles que, em sua visão, tentam inibir o trabalho da Lava Jato. Ele afirmou que os magistrados e os procuradores não se recusam a debater essa proposta, mas em outro momento.
CAIXA DOIS
Os procuradores também reafirmaram a posição de não considerar que a proposta de criminalização específica do caixa dois eleitoral represente uma anistia aos atuais alvos da Lava Jato.
A Lei Penal não pode retroceder para prejudicar o réu, ponto considerado como tábua de salvação por alguns políticos. O Ministério Público entende, porém, que eles poderão continuar a ser processados com base em outras lei em vigor hoje em dia.
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