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    Procuradoria suspeita de vazamento de operação que prendeu Cabral

    ITALO NOGUEIRA
    DO RIO

    23/11/2016 16h50

    Reprodução/Reprodução
    Foto do ex-governador Sérgio Cabral ao dar entrada em presídio
    Foto do ex-governador Sérgio Cabral ao dar entrada em presídio

    O Ministério Público Federal suspeita de um vazamento de informações sobre a deflagração da operação Calicute, que prendeu o ex-governador Sérgio Cabral e outras nove pessoas sob suspeita de cobrança de propina em obras no Rio.

    Uma conversa telefônica de Wagner Jordão Garcia, apontado como operador financeiro do esquema, três dias antes da operação aponta para "possível vazamento de decisões judiciais de conteúdo sigiloso", diz a procuradoria à Justiça Federal.

    A operação foi deflagrada na quinta-feira (17), mas a decisão que decretou as prisões foi dada uma semana antes, no dia 9. A Polícia Federal precisa de alguns dias para mobilizar as equipes para preparar uma operação dessas dimensões.

    De acordo com o relato da Procuradoria, Garcia conversa com um interlocutor não-identificado e faz referência a Carlos Emanuel Miranda, outro operador do esquema, "que estaria no Uruguai pelo fato da 'chapa ter derretido'". Miranda foi preso em casa.

    Garcia, de acordo com o relato, tentou fugir com uma mala de dinheiro na quinta-feira (17), dia da deflagração da operação. Ele foi detido com uma maleta com R$ 22 mil.

    Ele tentava sair de seu prédio em Ipanema (zona sul) às 5h55, cinco minutos antes do início das prisões determinadas pela Justiça.

    Foi abordado pelos agentes que se preparavam para efetivar a prisão preventiva.

    O relato foi feito pela procuradoria para reforçar os motivos do pedido de prisão preventiva contra o suspeito.

    Os agentes afirmaram que os R$ 22 mil não foram recolhidos porque o mandado de busca e apreensão se restringia a quantias superiores a R$ 30 mil.

    Garcia é apontado como um dos responsáveis por recolher a "taxa de oxigênio", como era chamada segundo a procuradoria a propina paga ao grupo da Secretaria Estadual de Obras, liderada pelo ex-secretário Hudson Braga.

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