• Poder

    Saturday, 27-Apr-2024 12:24:29 -03

    STF marca para dia 1º julgamento de denúncia contra Renan Calheiros

    REYNALDO TUROLLO JR.
    DÉBORA ÁLVARES
    DE BRASÍLIA

    23/11/2016 19h29

    Pedro Ladeira/Folhapress
    Presidente do Senado, Renan Calheiros, em sessão que debate projeto sobre crimes de abuso de autoridade, em Brasília (DF), nesta quarta
    O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL)

    O STF (Supremo Tribunal Federal) marcou para 1º de dezembro o julgamento de uma denúncia contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O plenário da corte decidirá se recebe ou não a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), o que pode tornar o senador réu em uma ação penal pela primeira vez.

    A denúncia, oferecida ao STF em 2013, refere-se a uma investigação iniciada há nove anos. A PGR acusa Renan de usar dinheiro de uma empreiteira para pagar a pensão de uma filha que teve fora do casamento com a jornalista Mônica Veloso.

    O relator do caso, ministro Edson Fachin, liberou a denúncia para ir a plenário em 4 de outubro deste ano. Renan é ainda investigado em outros 11 inquéritos no STF.

    Se a denúncia for acolhida, o presidente do Senado passará a responder pelas acusações de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso. A soma das penas pode chegar de 5 a 23 anos de prisão, mais multa. O caso, que o fez renunciar à presidência do Senado à época, tramita em segredo de Justiça.

    De acordo com a PGR, Renan não tinha recursos suficientes para bancar os repasses feitos a Mônica Veloso entre janeiro de 2004 e dezembro de 2006. Para justificar os pagamentos, o senador apresentou documentos e disse ter recebido uma parte do dinheiro com venda de gado.

    Segundo a denúncia, ele inseriu "informações diversas das que deveriam ser escritas sobre seus ganhos com atividade rural, com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, sua capacidade financeira".

    OUTRO LADO

    Em nota, o presidente do Senado afirmou que foi ele quem "pediu oficialmente" a investigação e "é o maior interessado nesse julgamento".

    O peemedebista se disse "tranquilo" e "confiante" e destacou que "neste episódio, responde, ao mesmo tempo, por ter recursos para fazer face à despesa mencionada e por não dispor dos recursos".

    "Em um inquérito o senador responde por não ter os recursos. Em outro, por dispor dos meios financeiros antes inexistentes", ressaltou a nota.

    DE DEZ A UMA - Das dez medidas, só uma foi mantida integralmente

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024