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    PF envia depoimento de ex-ministro da Cultura sobre caso Geddel ao STF

    DE BRASÍLIA

    24/11/2016 17h16

    Ueslei Marcelino/Reuters
    Brazil's Minister Chief of the Secretary Office of Government Geddel Vieira Lima smiles during a meeting with deputies and government leaders of the Chamber of Deputies, in his office at the Planalto Palace in Brasilia, Brazil, November 22, 2016. REUTERS/Ueslei Marcelino ORG XMIT: BSB53
    O ministro Geddel Vieira Lima em encontro com deputados, na segunda (22)

    A Polícia Federal informou nesta quinta (24) que enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) um depoimento feito pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero sobre fatos relacionados ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que geraram uma crise no governo Michel Temer.

    A coluna Painel havia revelado que Calero foi à PF dar esclarecimentos sobre o assunto.

    "A documentação foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal, responsável por investigar o eventual cometimento de crimes por pessoas com prerrogativa de foro", diz a nota da Polícia.

    Na semana passada, em entrevista à Folha, o ex-ministro acusou Geddel Vieira Lima (Governo) de ter usado o cargo para pressioná-lo a revogar parecer do Iphan que impede a construção de um empreendimento imobiliário em Salvador em área tombada.

    Geddel tem um apartamento no prédio. Ele admite ter conversado sobre o tema com Calero, mas nega pressão. Reportagem da Folha revelou que um sobrinho e um primo do ministro representam os interesses do projeto imobiliário em processo que tramita no Iphan.

    O ex-ministro foi voluntariamente à Polícia Federal.

    O fato de a PF ter enviado o depoimento para o STF não significa que haja uma investigação em andamento.

    O caso ainda precisa ser distribuído para um ministro (o que não ocorreu até esta tarde). O ministro, então, envia para a PGR (Procuradoria-Geral da República) decidir se pedirá abertura de inquérito ou não.

    Na manhã desta quinta (24), questionado sobre o caso, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não quis adiantar quais providências vai tomar.

    O caso também está na Comissão de Ética da Presidência, que viu indícios de conflito de interesse na atuação do articulador político de Michel Temer.

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