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    Principal cidade vencida pelo PT em SP cortará 132 cargos comissionados

    MARCELO TOLEDO
    DE RIBEIRÃO PRETO

    29/11/2016 09h58

    Simone Dib/Folhapress
    Edinho Silva (PT) em caminhada durante campanha à Prefeitura de Araraquara (SP)
    Edinho Silva (PT) em caminhada durante campanha à Prefeitura de Araraquara (SP)

    Principal petista a comandar uma cidade em São Paulo a partir do ano que vem, Edinho Silva, eleito prefeito de Araraquara (a 273 km de São Paulo), anunciou uma reforma administrativa e redução de cargos comissionados no município.

    No anúncio, feito por meio de redes sociais, Edinho, ex-ministro da Comunicação Social de Dilma Rousseff, afirmou que enviará projeto à Câmara nos primeiros dias do mandato para eliminar 132 cargos comissionados na prefeitura.

    A economia com o corte –na administração direta, de 20 coordenadores, 90 gerentes, 8 secretários e 2 subprefeitos e, na indireta, de 4 gerentes e 8 coordenadores– será de R$ 5 milhões por ano, ou R$ 20 milhões no decorrer do mandato todo.

    Foram mantidas 12 secretarias (Planejamento e Participação Popular, Comunicação, Gestão e Finanças, Negócios Jurídicos, Saúde, Educação, Desenvolvimento Urbano, Desenvolvimento Econômico, Obras e Serviços Públicos, Cultura, Esportes e Lazer e Desenvolvimento Social).

    "Temos de reduzir [ainda] em outras áreas, mas que a nova estrutura possa gerar redução do custeio, para enfrentar os principais problemas de Araraquara", disse o petista.

    Edinho afirmou ainda que os 12 cortes da administração indireta serão no Daee (Departamento Autônomo de Água e Esgoto).

    Ainda não foi feito o anúncio oficial de nomes que comporão o secretariado. Em sua equipe de transição, ele nomeou ex-componentes do governo federal, entre eles Manoel de Araújo Sobrinho, que foi chefe de gabinete do petista em Brasília e que teve o nome citado na Operação Lava Jato.

    Em delação premiada, Walmir Pinheiro, ligado à UTC, relatou ter sido orientado pelo ex-presidente da empreiteira a procurar Sobrinho para fazer um repasse de R$ 5 milhões. Edinho nega.

    Além dele, Clélia Mara dos Santos e Sinval Alan Ferreira estiveram na Secretaria de Comunicação quando Edinho era ministro. Ferreira também integrou a equipe de transição de Dilma em 2010.

    Marcos Robison Isidoro da Silva é outro nome da equipe. Ele trabalhou na EBC (Empresa Brasil de Comunicação) e foi secretário-adjunto da Administração em São Bernardo do Campo, cidade onde o PT nem sequer chegou ao segundo turno neste ano. Também já foi secretário da Administração de Edinho em Araraquara.

    Os indicados por Edinho para a transição não são remunerados.

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