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    Crivella compara crise nacional a 'cólicas' antes do parto

    THAIS BILENKY
    ENVIADA ESPECIAL A CAMPINAS

    29/11/2016 11h17

    Ricardo Borges - 30.out.2016/Folhapress
    O prefeito eleito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), durante votação no segundo turno
    O prefeito eleito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), durante votação no segundo turno

    O prefeito eleito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), comparou a crise no Brasil aos momentos anteriores a um parto, dolorosos, porém recompensadores.

    "Eu diria que é como uma mulher prestes a dar à luz. Essas cólicas que estamos sentindo agora, no fundo, são redentoras. O Brasil vai sair muito melhor do que entrou na crise", disse nesta terça-feira (29).

    Crivella atribuiu as dificuldades políticas e econômicas no país à turbulência resultante de escândalos como a prisão dos ex-governadores do Rio Sérgio Cabral (PMDB) e Anthony Garotinho (PR).

    "A nossa crise não é de estagnação. É uma crise moral. Faz parte de uma conjuntura, eu diria, inerente. Temos que vencer. Faz parte do nosso processo de evolução econômica, social, política", disse o bispo licenciado da Igreja Universal, em encontro da Frente Nacional de Prefeitos, em Campinas (SP).

    Embora tenha dito que a situação da cidade é menos grave que a do Estado, ele criticou a gestão de Cabral por ter feito renúncias fiscais que somaram R$ 160 bilhões sem ter consultado os municípios atingidos.

    "Eu defendo uma lei em que nenhum Estado possa fazer renúncia fiscal sem ouvir os seus prefeitos. No Rio, somos vítimas disso", afirmou. "Os municípios praticamente quebraram. Isso precisa acabar."

    Crivella disse que a municipalização do Porto Maravilha e de hospitais federais estão entre os seus principais pleitos junto ao governo Michel Temer.

    O prefeito eleito estimou receitas anuais de "R$ 50, 60, 70 chegando até a R$ 100 milhões" com a gestão do porto. "Para Brasília, é um entrave. Para o Rio, vai ser uma solução", afirmou.

    CARNAVAL

    Crivella disse que o Carnaval no Rio, que enfrenta redimensionamento dada a restrição orçamentária, está garantido.

    "A festa é indutora da economia e é uma festa popular importante. Ele [Eduardo Paes (PMBD), atual prefeito] já pagou 70%, vamos arrumar os outros 30%. Certamente, o Rio vai ter um lindo Carnaval no ano que vem", disse.

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