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    Polícia Federal indicia Sérgio Cabral, ex-primeira-dama e mais 14

    CAMILA MATTOSO
    DE BRASÍLIA
    ITALO NOGUEIRA
    SÉRGIO RANGEL
    DO RIO

    02/12/2016 19h54

    Reprodução
    Foto do ex-governador Sérgio Cabral ao dar entrada em presídio
    Foto do ex-governador Sérgio Cabral ao dar entrada em presídio

    A Polícia Federal terminou a primeira fase do inquérito da Operação Calicute e indiciou o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB), a esposa, Adriana Ancelmo, e mais 14 pessoas por supostos crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

    Eles são acusados de desviar recursos públicos federais em obras realizadas pelo governo do Estado.

    Segundo a Folha apurou, perícia realizada comprovou a autenticidade das 40 joias encontradas na casa do peemedebista. O valor estimado dos itens analisados é de R$ 2,06 milhões.

    O laudo desta primeira fase se refere apenas ao que foi encontrado na casa de Cabral. Os outros ainda estão em elaboração.

    Segundo as investigações, o casal gastou cerca de R$ 7 milhões em joias desde 2000, de acordo com listas entregues pelas joalherias H. Stern e Antonio Bernardo à Justiça.

    Além de Cabral e sua esposa, os outros indiciados foram: Wilson Carlos Cordeiro da Silva de Carvalho (ex-secretário de Governo do RJ), Carlos Emanuel de Carvalho Miranda (apontado como operador da quadrilha), Luiz Carlos Bezerra (ex-assessor de orçamento da Assembleia Legislativa do Rio), Hudson Braga (ex-secretário de Obras do Estado do RJ), Wagner Jordão Garcia (ex-assessor de Sérgio Cabral), José Orlando Rabello (ex-chefe de gabinete de Hudson Braga), Carlos Jardim Borges (empresário), Pedro Ramos de Miranda (foi motorista do ex-governador), Luiz Alexandre Igayara (empresário), Paulo Fernando Magalhães Pinto (administrador de empresas), Luiz Paulo dos Reis (administrador e empresário), Alex Sardinha da Veiga, Rosângela Machado de Carvalho Braga (parente de Hudson Braga), Jéssica Machado Braga (parente de Hudson Braga).

    Sérgio Cabral está preso o dia 17 de novembro no Rio de Janeiro.

    Outros inquéritos ainda devem ser abertos para apurar outros crimes.

    Cabral é suspeito de comandar uma organização criminosa para pagamento de propinas nas obras referentes ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Favelas, Arco Metropolitano e Maracanã.

    O desvio é estimado em cerca de R$ 220 milhões. O casal Cabral é suspeito de lavar dinheiro na comprando de joias.

    OUTRO LADO

    O advogado do ex-governador foi procurado, mas não respondeu até a publicação da matéria.

    Cabral e sua mulher têm negado o envolvimento em irregularidades.

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