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    Descrença estimula 'justiça com as próprias mãos', diz Cármen Lúcia

    LETÍCIA CASADO
    DE BRASÍLIA

    05/12/2016 11h18

    Luiz Silveira/Agência CNJ
    A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, fala no 10° Encontro Nacional do Poder Judiciário
    A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, fala no 10° Encontro Nacional do Poder Judiciário

    A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, disse nesta segunda-feira (5) que a sociedade precisa acreditar no Judiciário para que não faça "justiça com as próprias mãos".

    "Toda sociedade tem um momento que se vê em uma encruzilhada. Ou a sociedade acredita em uma ideia de Justiça, que vai ser atendida em uma estrutura estatal, e partimos para o marco civilizatório, ou a sociedade deixa de acreditar nas instituições e por isso mesmo opta pela vingança", disse Cármen durante a abertura do 10º Encontro Nacional do Poder Judiciário, em Brasília.

    Para a ministra, o Judiciário precisa se recriar institucionalmente para que tenha a confiança da sociedade.

    Quando as demandas da sociedade não são atendidas, a "não resposta da Justiça" gera sentimento de vingança, afirmou Cármen.

    "Não esperamos, servidores, que a sociedade precise desacreditar a tal ponto que resolva fazer justiça com as próprias mãos, que é a vingança, que é a negativa da civilização", afirmou.

    "Não esperamos que a sociedade precise desacreditar a tal ponto", ressaltou a ministra.

    O evento reúne servidores, presidentes e corregedores dos tribunais e conselhos de Justiça. Durante dois dias, eles vão se reunir para aprovar as metas nacionais a serem cumpridas pelo Judiciário em 2017, além de divulgar o desempenho parcial dos tribunais no cumprimento das metas deste ano.

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