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    Jucá diz que afastamento 'não é retaliação' e que Renan permanece 'aliado'

    MARINA DIAS
    DANIEL CARVALHO
    LAÍS ALEGRETTI
    MAELI PRADO
    DE BRASÍLIA

    05/12/2016 19h47 - Atualizado às 20h10

    Alan Marques - 7.jun.2016/Folhapress
    Brasilia,DF,Brasil 07.06.2016 O presidente do Senado Renan Calheiros conversando com Romero Juca durante sessao do Senado Federal Foto: Alan Marques/Folhapress Cod 0619 ORG XMIT: AGEN1606071620341385
    O presidente do Senado, Renan Calheiros, conversa com Jucá em sessão em junho

    Líder do governo no Congresso, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse nesta segunda-feira (5) que o afastamento de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello "não foi uma retaliação" do Judiciário.

    Para ele, o peemedebista "permanece um aliado importante" para o governo do presidente Michel Temer.

    "De forma nenhuma [o afastamento] é uma retaliação. O ministro Marco Aurélio é sério e decisão do Supremo se cumpre", afirmou Jucá após participar da reunião sobre a reforma da Previdência no Planalto.

    "O senador Renan continua sendo um aliado importante no Senado e sempre terá um papel importante numa votação", completou Jucá.

    A decisão do ministro do STF é em caráter liminar (provisório), acatando um pedido da Rede Sustentabilidade, feito nesta segunda, para que Renan fosse afastado do cargo visto que virou réu na semana passada por crime de peculato.

    Segundo o líder do governo no Congresso, o calendário de votações da Casa está mantido mesmo com o afastamento de Renan, inclusive o segundo turno para a aprovação da PEC do Teto, marcado para o dia 13 de dezembro, e a promulgação da proposta, no dia 15 deste mês.

    Questionado sobre a presidência do Senado passar para as mãos de um petista, o senador Jorge Viana (AC), vice-presidente da Casa, Jucá disse que não vê problemas. "O senador Jorge Viana é íntegro e trabalhador, não vai haver diferença", afirmou.

    CÂMARA

    O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), por sua vez, afirmou que havia acabado de tomar conhecimento da decisão do ministro do STF e, por isso, não faria comentários sobre o assunto naquele momento.

    Representante da Rede na Câmara, o deputado Alessandro Molon (RJ) disse que, numa República, "a lei vale para todos" e que, por isso, ela se aplicou também a Renan.

    "Tendo o Supremo aceitado a denúncia contra o senador Renan Calheiros na semana passada, seria estranho que a regra de que quem é réu criminal não possa ocupar a presidência da República ou estar na linha sucessória do cargo não se aplicasse a ele", disse Molon.

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