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    Permanência de Renan no comando do Senado evita nova crise petista

    CATIA SEABRA
    DE SÃO PAULO

    07/12/2016 20h09

    Pedro Ladeira/Folhapress
    O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), fala com jornalistas na tarde desta terça-feira (6) em Brasília (DF).
    O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), fala com jornalistas na terça (6) em Brasília

    A cúpula do PT recebeu com alívio, nesta quarta-feira (7), a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) em favor da permanência de Renan Calheiros (PMDB-AL), na presidência do Senado. Embora um petista —o senador Jorge Viana (AC)— fosse o escalado para ocupar o cargo no lugar de Renan, o comando do PT avalia que sua posse abriria uma nova crise interna no partido.

    Vice-presidente do Senado, Viana assumiria a presidência caso Renan fosse afastado. E, segundo petista, a nomeação de Viana provocaria um racha interno do PT em torno da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que fixa um teto de gastos públicos no país.

    A direção do PT e parte da bancada do partido divergiam sobre o debate. Uma prova dessa divergência aconteceu na noite desta quarta-feira (6) durante reunião do presidente do PT, Rui Falcão, com a bancada de senadores.

    Na reunião, Falcão informou a orientação da Executiva petista para que Viana não colocasse a PEC em votação no dia 13, como está programado.

    Segundo participantes, Viana respondeu, porém, que não poderia agir como presidente de um partido à frente do Senado, alegando que teria de respeitar a decisão de um colégio de líderes.

    Participante da reunião, o senador Paulo Paim (RS) conta que todos foram muito cautelosos durante o debate até porque partiam da convicção de que o Senado decidiria pela permanência de Renan.

    "Eu mesmo disse 'vamos devagar com o andor porque o santo é de barro'", lembra Paim.

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