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    Justiça determina quebra de sigilos fiscal e bancário de Eduardo Paes

    DO RIO

    12/12/2016 19h43

    Ricardo Borges/Folhapress
    Rio de Janeiro, Rj, BRASIL. 09/11/2016; Prefeito do Rio, Eduardo Paes da entrevista a Folha em seu gabinete na prefeitura. ( Foto: Ricardo Borges/Folhapress)
    O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB)

    A Justiça do Rio determinou, nesta segunda-feira (12), a quebra dos sigilos fiscal e bancário do prefeito da capital, Eduardo Paes (PMDB).

    Na última sexta (9), a Justiça já havia bloqueado os bens do prefeito em razão de um acordo com a construtora responsável pelo campo de golfe usado na Olimpíada.

    Ambas as decisões são do juiz Leonardo Grandmasson, da 8ª Vara de Fazenda Pública.

    Ao decidir pela quebra dos sigilos fiscal e bancário, Grandmasson disse que ela é necessária "como forma de melhor analisar os requerimentos da defesa do sr. prefeito". O processo corre em segredo de justiça.

    Paes é acusado de livrar a empresa Fiori Empreendimentos de pagar uma taxa de R$ 1,8 milhão.

    A taxa seria cobrada pela remoção de uma área de 61 mil metros quadrados de vegetação para a construção do campo de golfe. Lei municipal prevê o pagamento do valor para o corte de árvores em terrenos particulares.

    O Ministério Público do Rio ajuizou ação civil pública contra o prefeito por dano ao erário, calculado em valores atuais em R$ 2,3 milhões.

    O juiz abriu processo contra Paes e a empresa, e determinou o bloqueio para garantir o pagamento em caso de condenação.

    Quando teve seus bens bloqueados, Paes afirmou que, ao contrário do que diz o Ministério Público, exigiu que a "Fiori pagasse a taxa para a autorização de supressão de vegetação exótica".

    "O Prefeito Eduardo Paes chegou a informar que o tributo poderia ser ressarcido pelo município desde que fosse pago no prazo e a empresa comprovasse tal desequilíbrio", dizia nota da Prefeitura.

    Nenhuma dessas exigências constam do processo administrativo ao qual a Folha teve acesso.

    O prefeito não se manifestou sobre a quebra de sigilo até a publicação deste texto.

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