• Poder

    Tuesday, 07-May-2024 02:34:56 -03

    Lava Jato

    Temer diz que não permitirá que acusações paralisem o país

    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    13/12/2016 16h42

    Alan Marques - 24.nov.2016/Folhapress
    Michel Temer discursa em cerimônia no Palácio do Planalto no último dia 24
    Michel Temer discursa em cerimônia no Palácio do Planalto no último dia 24

    Citado 43 vezes em delação premiada de um ex-executivo da Odebrecht, o presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira (13) que não permitirá que acusações ainda em fase de investigação paralisem o país.

    Em cerimônia no Palácio do Planalto, o peemedebista defendeu que o conteúdo de delações premiadas "venham à luz" e ressaltou que medidas econômicas não podem aguardar o desfecho de um "longo processo".

    "Nós estamos na primeira fase da chamada acusação. Então, há um longo processo e não podemos deixar que isso paralise o país. Não permitiremos que isso aconteça e o país não ficará paralisado", afirmou.

    No discurso, ele reconheceu que o país enfrenta adversidades e que há conflitos e problemas, mas que não podem ser mantidos indefinidamente. Segundo ele, é preciso ter coragem para governar o país atualmente.

    "É preciso coragem, porque, convenhamos, estamos enfrentando muitas adversidades. Nós estamos enfrentando adversidades para obter o verso. O verso será o crescimento do país e a compreensão do que estamos fazendo", disse.

    Em requerimento enviado na segunda-feira (12) ao procurador-geral da República, o presidente chamou de "ilegítima" a divulgação por meio de vazamento de investigações criminais e disse que a lentidão em procedimentos investigatórios perturba áreas de interesse do governo federal.

    O discurso ocorre no momento em em que a cúpula do Palácio do Planalto é atingida pelo acordo de delação premiada de Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht.

    Além do presidente, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, foi mencionado 45 vezes e Moreira Franco, secretário de Parceria e Investimentos, 34.

    Na tentativa de impor uma pauta positiva diante do agravamento da crise política, o presidente anunciou nesta terça-feira (13) a criação de uma linha de crédito de R$ 3 bilhões para a renovação da frota nacional de ônibus.

    A meta é que os recursos disponibilizados por meio do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) permitam a renovação de 10% dos veículos utilizados para transporte público. Hoje, a frota nacional soma 107 mil.

    O objetivo da medida é ativar as montadoras de veículos, que atualmente enfrentam os efeitos da crise econômica, ajudando na geração de empregos e nas revendas.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024