A reportagem "Odebrecht fez obra em sítio ligado a Lula, diz fornecedora", publicada pela Folha, recebeu menção honrosa na 14ª edição do Prêmio Latino-americano de Jornalismo de Investigação, organizado pelo Instituto de Prensa y Sociedad (IPYS) e pela Transparência Internacional.

O trabalho, veiculado no caderno "Poder" em janeiro, de autoria do repórter Flávio Ferreira, resultou de apuração própria do jornal e não dependeu de vazamentos de autoridades ou advogados, fato raro na cobertura dedicada pela imprensa à Operação Lava Jato.

A investigação jornalística revelou que a empreiteira Odebrecht bancou parte da reforma do sítio em Atibaia (SP) frequentado pela família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme relatos de fornecedores de serviços e materiais de construção da cidade. As obras financiadas pela construtora tiveram início em outubro de 2010, quando Lula ainda exercia seu segundo mandato como presidente da República.

O prêmio latino-americano de jornalismo investigativo contou com a inscrição de 266 trabalhos de mídia impressa, rádio, televisão e plataformas digitais, e 13 foram selecionados pelo júri.

A escolha foi divulgada no início deste mês durante a oitava edição da Conferência Latino-americana de Jornalismo de Investigação, realizada na Cidade do Panamá, no Panamá, que teve como um de seus palestrantes o repórter da Folha Rubens Valente.

No evento a força-tarefa da Operação Lava Jato recebeu o prêmio internacional de combate à corrupção concedido pela Transparência Internacional.