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    Temer lamenta morte dom Paulo Evaristo Arns; leia a repercussão

    DE SÃO PAULO

    14/12/2016 14h08 - Atualizado às 16h10

    Fabio Braga - 24.out.2016/Folhapress
    Sao Paulo,SP,Brasil 24.10.2016 Evento de homenagem a D.Paulo Evaristo Arns, que completa 95 anos. Foto: Fabio Braga/Folhapress cod 3517
    D.Paulo Evaristo Arns, em seu último evento público, em outubro deste ano

    O presidente Michel Temer lamentou nesta quarta-feira (14) a morte de dom Paulo Evaristo Arns e disse o considerar um "defensor da democracia".

    "Dom Paulo foi um defensor da liberdade e sempre teve como norte a construção de uma sociedade justa e igualitária", afirmou o presidente, em nota.

    "O Brasil perde um defensor da democracia e ganha para sempre mais um personagem que deixa lições para serem lembradas eternamente."

    Acompanhe a repercussão da morte:

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    "Sua coragem sempre foi aquela das pessoas sábias e serenas, que dialogam sem preconceito com qualquer adversário e não enxergam inimigos em seu redor, caráter marcante de um apóstolo da pluralidade e da tolerância. Sempre teve lado: o lado dos mais pobres."
    LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, ex-presidente

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    "Será sempre lembrado como símbolo da luta pela democracia, por sua atuação contra a ditadura. O Brasil perde um defensor dos pobres, que passou a vida pregando igualdade de direitos e o fim da exclusão social."
    DILMA ROUSSEFF, ex-presidente

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    "Nesta hora de dor, que o seu exemplo nos faça mais atentos aos seus valores: solidariedade, justiça, paz, ética – e coragem para defendê-los. Essa será uma grande homenagem a dom Paulo. Pois ele também ensinou que nós vivemos, de fato, é naqueles a quem inspiramos."
    GERALDO ALCKMIN, governador de São Paulo

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    "São Paulo e o Brasil perdem um grande ser humano. Dom Paulo nos deu exemplos de tolerância, defesa dos mais humildes, justiça social e amor pelo próximo."
    JOÃO DORIA, prefeito eleito de São Paulo

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    "Louvemos a Deus pelo testemunho de vida franciscana de Dom Paulo e pelo seu engajamento corajoso na defesa da dignidade humana e dos direitos inalienáveis de cada pessoa. Agradeçamos a Deus por seu exemplo de pastor zeloso do povo de Deus e por sua atenção especial aos pequenos, pobres e aflitos. Dom Paulo, agora, se alegre no céu e obtenha o fruto da sua esperança junto de Deus!"
    DOM ODILO SCHERER, arcebispo metropolitano de São Paulo

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    "Sua voz profética de denúncia da ditadura militar, da tortura, da violação permanente aos direitos civis e sociais do povo brasileiro, ecoava em todo o país e na comunidade internacional. Sua presença solidária nunca será esquecida pela geração de sindicalistas, trabalhadores do campo e da cidade, moradores das periferias urbanas e dirigentes de movimentos sociais que se forjou naquele período histórico, e que tanta influência teve na construção de nosso partido."
    RUI FALCÃO, presidente do PT

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    "Foi um dos religiosos mais importantes do século 20 na América Latina. Sua luta em defesa da democracia, dos direitos humanos e pelos mais pobres inspira a todos nós. Dom Paulo teve a coragem de enfrentar o autoritarismo num momento difícil da história política brasileira, denunciando a tortura e os abusos. Serão eternos o seu exemplo e os seus ensinamentos".
    PAULO CÂMARA, governador de Pernambuco

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    "Foi um dos grandes líderes da Igreja Católica e nunca deixou de dedicar sua vida aos pobres e à defesa dos direitos humanos, sendo chamado por muitos de 'o amigo do povo'. Durante os anos de chumbo, o arcebispo emérito de São Paulo atuou no combate aos abusos da ditadura. Dom Paulo Evaristo Arns era um frade franciscano e dedicou sua vida à simplicidade, sigamos o seu exemplo."
    RENAN CALHEIROS, presidente do Senado

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    "Hoje o Brasil e o mundo perderam um dos maiores símbolos na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Perdemos um militante incansável dos valores cristãos e humanitários."
    EDINHO SILVA, prefeito eleito de Araraquara e ex-ministro

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    "Trabalhou ativamente para o retorno da democracia em nosso país. Criada por ele, a Comissão Brasileira de Justiça e Paz de São Paulo desempenhou papel fundamental no combate à tortura durante o regime militar. Junto com sua irmã Zilda Arns, estabeleceu a Pastoral da Criança, organização que até hoje trabalha incessantemente pelo bem-estar das crianças, em especial as mais humildes. São Paulo e o Brasil perdem um gigante; eu, um amigo e conselheiro."
    JOSÉ SERRA, ministro das Relações Exteriores

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    "Arns foi um grande incentivador do diálogo católico-judaico. O trabalho de aproximação que judeus e católicos vêm desenvolvendo no Brasil, ao longo das últimas décadas, que culminou com nosso encontro com o papa Francisco no Vaticano, em 2015, deve muito ao esforço dele."
    FERNANDO LOTTENBERG, presidente da Confederação Israelita do Brasil

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    "O mundo perde um homem bom. A universidade perde um de seus melhores representantes."
    MARIA AMALIA ANDERY, reitora da PUC-SP

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