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    Jucá diz que Yunes 'pediu para sair', mas seguirá colaborando com governo

    MARINA DIAS
    DE BRASÍLIA

    14/12/2016 17h44

    Pedro Ladeira -23.mai.2016/Folhapress
    Brasilia, DF, Brasil, 23/05/2016: Ministro do Planejamento Romero Juca durante coletiva de imprensa no ministerio do planejamento. Foto: Pedro Ladeira/Folhapress
    O ex-ministro do Planejamento e senador Romero Jucá (PMDB-RR)

    Líder do governo no Congresso, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) afirmou nesta quarta-feira (14) que o agora ex-assessor presidencial José Yunes "pediu para sair" diante de um assunto que pode "constranger" o Planalto mas que ele continuará colaborando no processo político.

    "Na hora que surge qualquer assunto que pode constranger o governo ou o presidente, como ele [Yunes] tem posição de independência, pediu para sair, mas continuará ajudando", disse Jucá após participar de almoço com o presidente Michel Temer.

    Yunes pediu demissão nesta quarta após ter seu nome envolvido na delação de um ex-executivo da Odebrecht, que afirma que o amigo de Temer recebeu dinheiro em seu escritório em São Paulo, em 2014, após um acerto com o PMDB que traria benefícios à empreiteira.

    Após o pedido de demissão de Yunes, Temer convocou uma reunião no Planalto com Jucá e seus dois principais auxiliares, Moreira Franco, secretário de Parcerias e Investimentos, e Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil. Os três também foram citados na delação do ex-executivo da Odebrecht e, assim como Yunes, negam ter cometido qualquer irregularidade.

    Jucá, porém, afirmou que a reunião não teve caráter emergencial para tratar da crise em que se encontra o governo e que o assunto tratado foi o calendário de votações no Congresso nesse fim de ano.

    Ainda de acordo com o senador, Padilha e Moreira não pedirão demissão por conta de "pressões indevidas" que tentam "desestabilizar o governo".

    Após a saída de Yunes, intensificaram-se os rumores de que Padilha e Moreira também entregariam suas cartas de demissão, o que foi desmentido por ambos.

    "Não é qualquer pressão indevida ou tentativa de desestabilização do governo que vai levar o presidente a mudar o ministério sem querer. Ele vai mudar o ministério quando entender que deve, no momento que deve", completou o Jucá.

    Baixas no governo Temer

    VAZAMENTOS

    O senador disse ainda que o governo não tentará impedir as investigações da Operação Lava Jato após o vazamento do conteúdo de delações que atingiram Temer e a cúpula do PMDB.

    Segundo ele, o Planalto "cobra" que o Ministério Público apresente provas e "tire a suspeição generalizada da classe política".

    "Não é possível que fique se vazando criminosamente toda semana uma coisa para tentar desestabilizar o governo", disse Jucá.

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