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    Aliados querem que Alckmin percorra o país no ano que vem

    THAIS BILENKY
    DE SÃO PAULO

    16/12/2016 20h11

    Renato S. Cerqueira/Futura Press/Folhapress
    O governador Geraldo Alckmin estuda roteiros no Pará e na Bahia, segundo deputados
    O governador Geraldo Alckmin estuda roteiros no Pará e na Bahia, segundo deputados

    Potencial candidato a presidente em 2018, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) planeja caravanas ao interior de Estados no Nordeste a partir de janeiro, em ano pré-eleitoral, de acordo com deputados envolvidos no planejamento das viagens.

    Segundo Joaquim Passarinho (PSD-PA), o governador paulista quer percorrer a rota de exportação do agronegócio, do Mato Grosso ao Pará, ainda no início de 2017.

    "Estive em São Paulo 15 dias atrás e ele disse que quer vir no início do ano. Como a estrada ainda não está asfaltada e é um período de chuvas muito intensas, tem perigo de atoleiro. Ponderei que, a partir de maio, é o ideal", contou o deputado.

    No encontro, eles se debruçaram sobre o mapa da região e estudaram as possíveis rotas. A ideia é dar um caráter "cívico" às caravanas, contou um aliado.

    A assessoria do Palácio dos Bandeirantes negou que haja previsão de viagens ou de férias do governador.

    O deputado João Gualberto (PSDB-BA), por sua vez, relatou que Alckmin pretende visitar o interior da Bahia.

    "Ele falou que vem, sim. Ele tem de ir ao interior também, à Vitória da Conquista, Feira de Santana, Barreiras. Conhecer a Bahia, o Nordeste. Ele tem o Brasil todo para viajar. O problema é agenda", disse o tucano. "O Sul tem de saber que o Nordeste sofre muito."

    LIDERANÇA

    Gualberto, de quem Alckmin se aproximou recentemente, disse que o governador seria um "excelente candidato, assim como [o chanceler José] Serra e [o senador] Aécio [Neves (MG)]".

    Os três querem concorrer à Presidência em 2018 e disputam espaço no partido. "Alguns falam que é complicado ter mais de um candidato. Eu não. Acho ótimo termos vários qualificados", afirmou Gualberto.

    Além dele, aliados de Alckmin saíram em sua defesa depois do revés sofrido na quinta-feira (15), quando a executiva tucana decidiu prorrogar o mandato de Aécio na presidência do PSDB por mais um ano, de modo que ele estará no controle da legenda no ano pré-eleitoral.

    Tucanos negaram que isso interfira no processo de escolha do candidato para 2018.

    O senador José Aníbal (PSDB-SP) disse que "Geraldo está totalmente contemplado, seja na direção partidária, seja no ministério" e o elogiou. "Ele tem uma liderança muito forte no PSDB. Muito. Não é ênfase de linguagem, não", afirmou.

    "A vitória mais expressiva do PSDB nas eleições municipais foi em São Paulo, e isso tem a ver com a onda azul, sim, mas também com a referência de gestão construída pelo PSDB da qual Alckmin é figura central", observou José Aníbal.

    Floriano Pesaro, secretário de Desenvolvimento Social do governo estadual, criticou a prorrogação do mandato de Aécio, mas minimizou o seu impacto. "Como o governador está cada vez mais fortalecido, isso não vai estragar o seu projeto", apostou.

    Aliados de Alckmin relataram que houve revolta com a decisão, que pegou o grupo de surpresa. Decidiram, contudo, encerrar o assunto publicamente.

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