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    Defesa de Dilma pede investigação de ex-presidente da Andrade

    CATIA SEABRA
    DE SÃO PAULO

    19/12/2016 18h08 - Atualizado às 18h31

    Zanone Fraissat -19.ago.2013/Folhapress
    SÃO PAULO, SP, BRASIL, 19-08-2013: O empresário Otávio Marques de Azevedo, durante o jantar em homenagem ao prefeito Eduardo Paes, do Rio de Janeiro, oferecido pelo empresário João Dória Jr., em sua casa, no bairro do Jardim Europa, em São Paulo (SP). (Foto: Zanone Fraissat/Folhapress)
    O empresário Otavio Marques de Azevedo, da Andrade Gutierrez

    A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff entrou, nesta segunda-feira (19), com requerimento para que Otavio Azevedo, ex-presidente da construtora Andrade Gutierrez, seja investigado por falso testemunho e eventual violação do acordo de delação premiada.

    No pedido encaminhado ao Ministério Público Eleitoral, a assessoria jurídica de Dilma alega que está comprovado que Azevedo fez falsas afirmações à Justiça.

    Em seu primeiro depoimento ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), no dia 19 de setembro, Azevedo afirmou que a empreiteira doou, via caixa dois, R$ 1 milhão de reais à campanha de Dilma nas eleições de 2014.

    No dia 10 de novembro, os advogados de Dilma apresentaram documentos registrando uma doação legal da empreiteira ao PMDB. Entre eles, a cópia de um cheque nominal à conta do então candidato a vice e hoje presidente, Michel Temer. Na petição, a defesa da ex-presidente frisou que essa fora uma doação à chapa Dilma-Temer.

    No dia 17 de novembro, Azevedo teve que fazer novo depoimento à Justiça. Confrontado com documentos, mudou sua versão, afirmando que a doação da construtora fora legal.

    Ele contou ainda ter se reunido com o vice-presidente no dia 26 de junho de 2014, em Brasília, para discutir a doação. Mas não sabia o que ocorrera depois por ter embarcado em seguida para Portugal.

    Além do requerimento endereçado ao vice-procurado-geral eleitoral, os advogados de Dilma encaminharam pedido para o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot," para que seja investigada a conduta de colaborador", dentro do acordo de delação premiada.

    "Diante da afirmação falsa feita à Justiça Eleitoral, ele deve ser investigado tanto por falso testemunho como eventual violação do acordo de delação premiada", afirma Flávio Crocce Caetano, advogado de Dilma.

    Em nota, a defesa de Otávio Azevedo afirmou que "de forma alguma houve falso testemunho e que todos os esclarecimentos e documentos respectivos já foram devidamente apresentados ao Tribunal Superior Eleitoral e à Procuradoria-Geral da República".

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