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    Lava Jato

    Lei dos EUA permite divulgar acordos, diz força-tarefa da Lava Jato

    CAMILA MATTOSO
    BELA MEGALE
    RUBENS VALENTE
    JULIO WIZIACK
    DE BRASÍLIA

    21/12/2016 20h51

    A força-tarefa da Lava Jato, responsável pela condução do acordo de leniência, espécie de delação premiada da pessoa jurídica, com o grupo Odebrecht, afirmou que a diferença de legislação entre Brasil e Estados Unidos é o que permite que documentos da empreiteira se tornem públicos pela Justiça americana e não pela brasileira.

    Na tarde desta quarta-feira (21), o DOJ (Departamento de Justiça americano) tirou o sigilo de relatórios e termos dos acordos de leniência firmados pelo grupo baiano e seu braço petroquímico, a Braskem, nos EUA.

    Para justificar a permanência da ocultação dos dados no Brasil, a força-tarefa afirma que no país "a lei determina que o acordo de colaboração seja, em regra —salvo decisão judicial específica em contrário—, sigiloso. Por paralelo, o acordo de leniência também tem sido submetido à homologação da Câmara de Combate à Corrupção e da Justiça sob sigilo".

    Os procuradores dizem ainda que o conteúdo das delações no Brasil se tornará público no momento de oferecimento de denúncia criminal contra os acusados.

    "Assim como nos Estados Unidos, o relato e provas (os anexos e depoimentos do acordo, com os detalhes sobre fatos e provas) permanecem sigilosos enquanto o sigilo for importante para a efetividade das investigações, ressalvada decisão judicial específica que determine o contrário."

    Procurada, a Procuradoria-Geral da República não se manifestou sobre o caso afirmando que ele é de responsabilidade da força-tarefa de Curitiba.

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