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    Em Embu das Artes, vereador assume lugar de prefeito eleito foragido

    DE SÃO PAULO

    01/01/2017 18h05

    Adilson Oliveira/CMETEA /Diuvulgação Nas Ruas
    SAO PAULO,SP - A Justiça decretou, nesta sexta-feira (9), a prisão preventiva do vereador e prefeito eleito de Embu das Artes, Ney Santos (PRB). Ele é acusado de ser um dos responsáveis por lavar o dinheiro do tráfico de drogas comandado pela facção criminosa PCC. At- (Foto:Adilson Oliveira /CMETEA /DIVULGACAO, NAS RUAS) *** EXCLUSIVO AGORA SAO PAULO *** ORG XMIT: AGEN1612091601154711 ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    O prefeito eleito Ney Santos (PRB), que é suspeito de lavar dinheiro para o PCC

    Considerado foragido desde o último dia 9, o prefeito eleito de Embu das Artes (Grande SP), Ney Santos (PRB), não pôde tomar posse neste domingo (1º) e enviou uma carta para ser lida durante a cerimônia.

    Em seu lugar, assume temporariamente o vereador Hugo Prado (PSB), que foi eleito presidente da Câmara Municipal e cujo partido faz parte da coligação de Santos.

    O prefeito eleito teve a prisão preventiva decretada pela Justiça sob suspeita de lavar dinheiro para a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) por meio de postos de combustível. De acordo com o Ministério Público de São Paulo, Santos usou em sua campanha recursos de lavagem de dinheiro "oriundo do tráfico de entorpecentes".

    No último dia 15, a Justiça Eleitoral de São Paulo suspendeu, em decisão liminar (provisória), a diplomação de Santos. Segundo a decisão do juiz eleitoral Gustavo Sauaia Romero Fernandes, a posse de Santos e seu vice também foi suspensa temporariamente até que sejam apuradas as suspeitas do Ministério Público sobre a origem do dinheiro usado na campanha.

    "Hoje é um dia em que os meus sentimentos se dividem entre a dor e a alegria. [...] A dor de não poder tomar posse, ao lado do vice Peter Calderoni (PMDB), para o cargo ao qual fomos eleitos democraticamente pelo voto do nosso povo", diz a carta de Santos.

    O texto foi lido sob aplausos e gritos de apoio do público presente. Santos afirmou que sua consciência está limpa e que irá se apresentar à Justiça em breve.

    "Em breve me apresentarei à Justiça. Ainda não o fiz porque temo até mesmo pela minha vida, pois não sabemos até aonde pode ir a covardia dos meus adversários."

    O prefeito eleito disse ainda ser "injustiçado e perseguido" e que as acusações são "mentiras e falsas denúncias". "Tudo será esclarecido e a minha resposta será o trabalho", afirmou.

    Santos e outros 13 suspeitos que também tiveram a prisão decretada são alvo da operação Xibalba, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público paulista.

    HISTÓRICO

    O prefeito eleito de Embu das Artes é vereador do município e já foi alvo de outros processos e investigações.

    Em 2010, quando Santos era candidato a deputado federal pelo PSC, ele já era suspeito de ter ligações com a facção criminosa PCC. À época, a polícia descobriu que ele prestava assistência jurídica a presos. Na ocasião, a polícia encontrou santinhos do então candidato com traficantes de drogas de Embu. Ele não se elegeu deputado.

    Neste ano, Santos venceu a eleição municipal em Embu das Artes com 79,45% dos votos válidos, contra 9,45% do segundo colocado, Dr. Pedro Valdir (PSD).

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