• Poder

    Monday, 06-May-2024 02:21:05 -03

    Planalto esquece de registrar morte de Itamar em galeria de presidentes

    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    04/01/2017 02h00

    Pedro Ladeira/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 03-01-2017, 12h00: Retrato oficial de Itamar Franco não tem a data de sua morte na galeria dos presidentes no Palácio do Planalto. Contrariando o padrão que informa a data de nascimento e a data de morte dos que já faleceram, a foto de Itamar não foi atualizada. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER) ***ESPECIAL*** ***EXCLUSIVO***
    Retrato oficial de Itamar Franco não tem a data de sua morte na galeria dos presidentes

    Morto em julho de 2011, Itamar Franco (1992-1994) ainda está vivo, pelo menos para a Presidência.

    Na galeria oficial de retratos de presidentes desde a Proclamação da República, na sede administrativa do governo federal, a foto de Itamar é a única sem registro de morte. Tanto Dilma Rousseff como Michel Temer, que ocuparam o cargo desde então, compareceram ao velório. Temer divulgou nota lamentando a morte.

    Em outubro, após assumir definitivamente o cargo, o governo de Temer chegou a fazer mudança na galeria com a inclusão do retrato de Dilma, mas se esqueceu de acrescentar a morte de Itamar.

    Questionada pela Folha sobre a ausência do registro, a assessoria de imprensa do Planalto informou que está providenciando a alteração do retrato. No início da tarde, dois funcionários da área administrativa foram à galeria checar a ausência da data e fizeram registro de imagem da foto de Itamar.

    Além da mudança, o governo federal também pretende incluir na galeria presidencial o retrato de Pedro Aleixo, vice de Costa e Silva (1967-1969) que foi impedido por militares de assumir o cargo quando o titular sofreu um derrame. Um projeto aprovado no Congresso garantiu a Aleixo o título de presidente.

    TEMER

    O presidente Michel Temer desistiu de incluir seu retrato na galeria presidencial. Em outubro, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto havia informado que ele cogitava pendurá-lo, mas o peemedebista abriu mão por enquanto.

    Ao assumir o comando do Palácio do Planalto, em 2011, um retrato colorido de Dilma foi colocado na galeria de presidentes, mas ela pediu na época para retirá-lo.

    Temer chegou a fazer um ensaio fotográfico no final do ano passado com a faixa presidencial, mas ele ainda não decidiu se vai usar as fotos como retrato oficial.

    Em entrevista ao jornal "O Globo", em setembro, o presidente disse ser contra a presença de sua foto em repartições públicas por tratar-se de "um culto à personalidade".

    Segundo a Folha apurou, contudo, ele foi convencido da importância simbólica de posar para o retrato, mas ainda defende a ideia de que ele não seja colocado em prédios públicos.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024