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    Equador é o 3º país a proibir contratos públicos com a Odebrecht

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    04/01/2017 08h42

    Paulo Whitaker/Reuters
    Sede da empreiteira brasileira Odebrecht em São Paulo
    Sede da empreiteira brasileira Odebrecht em São Paulo

    A Justiça do Equador proibiu o Estado de contratar a Odebrecht enquanto realiza uma investigação por supostos subornos pagos pela empreiteira brasileira no país. A informação foi divulgada nesta terça-feira (3) pelo procurador-geral Galo Chiriboga.

    "À pedido da Procuradoria, como um ato urgente, o juiz de Pichincha resolveu que as instituições se abstenham de celebrar contratos com a #Odebrecht", escreveu Chiriboga em sua conta do Twitter.

    A empreiteira brasileira é investigada no Equador por suspeita de pagamento de US$ 33,5 milhões em subornos a funcionários equatorianos.

    O procurador acrescentou que "durante a investigação de contratos da Odebrecht no Equador, as instituições estatais não poderão, temporariamente, contratar esta empresa".

    O Equador é o terceiro país da América Latina que recentemente vetou a participação da empreiteira em obras públicas do país. Nos últimos dias de dezembro, o Peru e o Panamá decidiram adotar medidas semelhantes.

    No Panamá, a Odebrecht é acusada de pagar US$ 59 milhões em propinas para obter contratos.

    Em relação ao Peru, a construtora reconheceu o repasse de propinas no valor de US$ 29 milhões a funcionários do país entre 2005 e 2014. A admissão faz parte de acordo judicial com autoridades dos Estados Unidos.

    Em dezembro, o DOJ (Departamento de Justiça) dos Estados Unidos revelou que o grupo Odebrecht pagou US$ 599 milhões em propinas para servidores públicos e políticos brasileiros (ou R$ 1,9 bilhão ao câmbio atual) e mais US$ 439 milhões (R$ 1,4 bilhão) em outros 11 países.

    Segundo o DOJ, os valores relativos à empreiteira são ligados a "mais de 100 projetos em 12 países, incluindo Angola, Argentina, Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru e Venezuela".

    Editoria de arte/Folhapress

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