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    Executivo da Odebrecht é interrogado na República Dominicana

    DA AFP

    11/01/2017 04h48

    As autoridades da República Dominicana interrogaram nesta terça-feira (10) o gerente-geral da Odebrecht no país, Marcelo Hofke, como parte de uma investigação para identificar funcionários públicos que teriam recebido US$ 92 milhões em propinas da empreiteira brasileira.

    Após seis horas de interrogatório, o procurador-geral da República Dominicana, Jean Alain Rodríguez, afirmou que as declarações de Hofke "não foram satisfatórias" sobre os subornos pagos pela construtora entre os anos de 2001 e 2004.

    Nesta quarta-feira (11), Rodríguez vai interrogar o empresário dominicano Ángel Rondón, representante comercial da Odebrecht no país. De acordo com o procurador, Rondón foi identificado por Hofke como "a pessoa que recebeu os 92 milhões". Agora, a justiça do país quer que o empresário revele o nome dos subornados.

    Hofke estava no Brasil e viajou à República Dominicana na segunda-feira (9) especialmente para ser interrogado.

    Segundo investigações, a Odebrecht teria pago propinas na República Dominicana durante os governos de Hipólito Mejía (2000-2004), Leonel Fernández (2004-2012) e no primeiro mandato do presidente atual, Danilo Medina. O presidente dominicano foi eleito em 2012, tendo sido reeleito em 2016 em campanha coordenada pelo marketeiro brasileiro João Santana.

    A construtora brasileira é a responsável pela execução da obra de maior impacto do governo de Medina, a central termelétrica de Punta Catalina, cujo custo de construção é de US$ 2 bilhões.

    Nesta terça, o presidente Medina anunciou a criação de uma "comissão de figuras independentes" para investigar o contrato da termelétrica.

    "Tomamos a decisão levando em conta que essa obra é o maior investimento realizado no país nos últimos anos e que foi adjudicada no ano de 2013, sendo, portanto, responsabilidade da presente administração", explicou o presidente em uma carta aos membros da comissão.

    O consórcio vencedor da obra é formado pela Odebrecht e pelas empresas Technimont e Grupo Estrella.

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